Economia

Exames laboratoriais dão resultado satisfatório para carnes no PR

As amostras foram colhidas em supermercados de Curitiba três dias depois da deflagração da operação da PF

Operação Carne Fraca: de acordo com a vigilância sanitária paranaense, a coleta do primeiro lote de amostras ocorreu entre segunda (20) e terça-feira (21) (Ricardo Moraes/Reuters)

Operação Carne Fraca: de acordo com a vigilância sanitária paranaense, a coleta do primeiro lote de amostras ocorreu entre segunda (20) e terça-feira (21) (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de março de 2017 às 18h25.

Resultados de exames laboratoriais feitos pela Vigilância Sanitária do Paraná em amostras de carnes e embutidos produzidos por empresas alvos da Operação Carne Fraca foram considerados satisfatórios.

Os laudos foram divulgados nesta sexta-feira (31).

As amostras foram colhidas em supermercados da capital do estado três dias depois da deflagração da operação da Polícia Federal, que desvendou um esquema de pagamento de propina a fiscais agropecuários para facilitarem a liberação de licenças para comercialização de produtos.

Os testes, feitos pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR), analisaram amostras de carnes resfriadas da Friboi/JBS, carne bovina salgada curada da empresa Novilho Nobre, linguiça tipo calabresa da Sadia/BRF e linguiça mista da BRF, mortadela de frango da empresa Seara/JBS, presunto Sadia/BRF, salame Perdigão/BRF e salsicha Italli/Peccin e Seara/JBS.

De acordo com a vigilância sanitária paranaense, a coleta do primeiro lote de amostras ocorreu entre segunda (20) e terça-feira (21), em estabelecimentos de Curitiba e todos os testes tiveram resultados satisfatórios.

"Foram analisados os aspectos físico-químicos dos alimentos, levando em consideração a legislação para cada tipo de produto. A análise envolveu a pesquisa de nitrito e sulfito, utilizados como conservante, e determinação de PH", diz nota da Vigilância Sanitária Paranaense.

As amostras, ainda segundo o órgão paranaense, também passaram pela avaliação microbiológica (clostrídios, estafilococos, coliformes fecais e salmonela).

De acordo com o chefe da Divisão de Laboratórios de Vigilância Sanitária, André Dedecek, a análise microbiológica serve para obtenção de informações sobre as condições de higiene do alimento durante sua produção, processamento, distribuição, armazenamento.

O coordenador da Vigilância Sanitária estadual, Paulo Costa Santana, informou que os os laudos serão enviados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para auxiliar nas investigações.

"Essas ações reforçam o compromisso da Vigilância Sanitária com a saúde da população. Com esses resultados, podemos ficar mais tranquilos na hora de consumir esse tipo de produto", disse Santana.

A vigilância sanitária paranaense informou que o monitoramento da qualidade dos produtos deve ser mantido pelos próximos dois meses, com coletas em outros municípios do estado.

Outras 10 novas amostras, colhidas ao longo desta semana, estão sendo analisadas pelo Lacen.

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