Economia

Ex-líderes espanhóis abrem mão de pagamento adicional

Políticos abriram mão de seus bônus de fim de mandato, gerando uma economia de quase cinco milhões de euros para o país, que enfrenta uma grave crise financeira

O atual premiê da Espanha, o conservador Mariano Rajoy, aprovou leis impedindo que ex-autoridades recebam os bônus (Susana Vera/Reuters)

O atual premiê da Espanha, o conservador Mariano Rajoy, aprovou leis impedindo que ex-autoridades recebam os bônus (Susana Vera/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2012 às 17h42.

Madri - Mais de 60 socialistas da administração anterior da Espanha abriram mão de seus bônus de fim de mandato, gerando uma economia de quase cinco milhões de euros para o país, que enfrenta uma grave crise financeira, informou hoje o Ministério das Finanças espanhol.

Das 85 pessoas que tinham direito ao pagamento adicional, 64 o recusaram, o que manterá 4,76 milhões de euros (US$ 5,89 milhões) nos cofres públicos.

A prática foi iniciada pelo ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e seguida pela maior parte de seu antigo gabinete. Os bônus equivalem a 80% do salário de um parlamentar no período de até dois anos.

Desde então, o atual premiê da Espanha, o conservador Mariano Rajoy, aprovou leis impedindo que ex-autoridades recebam os bônus.

A Espanha, que está em recessão e cuja taxa de desemprego chega a quase 25%, luta para reduzir o déficit público, de 8,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, para 6,3% este ano, 4,5% em 2013 e 2,8% no ano seguinte. Com a adoção de uma série de medidas de austeridade, Madri espera conseguir economizar 102 bilhões de euros até 2014. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrises em empresasDívida públicaEspanhaEuropaPiigs

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade