Economia

Evans defende manutenção dos juros nos EUA

Presidente do Fed de Chicago afirmou apoiar a manutenção das taxas de juros próximas a zero por um bom tempo em 2015


	Charles Evans: "se o Fed embarcar prematuramente em condições de política monetária mais restritivas, essas ações adversas podem reduzir a inflação a níveis inaceitáveis", afirmou
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Charles Evans: "se o Fed embarcar prematuramente em condições de política monetária mais restritivas, essas ações adversas podem reduzir a inflação a níveis inaceitáveis", afirmou (Andrew Harrer/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 23h24.

Nova York - O presidente da distrital de Chicago do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Charles Evans, afirmou apoiar a manutenção das taxas de juros próximas a zero por um bom tempo em 2015.

"Se o Fed embarcar prematuramente em condições de política monetária mais restritivas, essas ações adversas podem reduzir a inflação a níveis inaceitáveis", afirmou Evans em texto preparado para discurso em Hong Kong. O presidente do Fed de Chicago não possui direito a voto nas decisões de política monetária, mas tem sido um forte apoiador de medidas agressivas para estimular o crescimento econômico.

Na semana passada, a presidente do Fed, Janet Yellen, declarou que os juros devem começar a subir cerca de seis meses após o fim do programa de estímulos.

Evans disse que a economia norte-americana irá acelerar neste ano, mas afirmou que o problema para o banco central é o nível de inflação, que atualmente está bem abaixo da meta de 2%. "Embora a política monetária altamente acomodatícia possa levar ao aumento dos riscos inflacionários hoje, a inflação nos EUA é muito baixa", disse.

A preocupação de Evans é de que a inflação não irá ganhar força rápido o suficiente. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) está próximo a 1% desde o início de 2013 e ele afirmou que há poucos sinais recentes de que isso mudará.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemJurosMercado financeiroPaíses ricosPolítica monetária

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto