Economia

Europa fecha novo acordo de ajuda à Grécia

Credores privados concordaram em desconto maior na renegociação dos títulos da dívida grega

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos; finalmente um acordo com a UE (Aris Messinis/AFP)

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos; finalmente um acordo com a UE (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2012 às 08h26.

Bruxelas - Os ministros das Finanças da zona do euro finalmente concordaram com os termos do acordo para garantir um novo resgate € 130 bilhões (US$ 171,9 bilhões) à Grécia e a reestruturação da dívida do país. Os detalhes finais foram negociados na madrugada desta terça-feira. Autoridades que participaram do encontro, que durou quase 13 horas, chegaram a um acordo sobre o plano que tem como objetivo reduzir a dívida da Grécia para pouco mais de 120% do seu Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. O nível atual da dívida beira 160% do PIB.

De acordo com algumas das autoridades, credores privados da dívida grega concordaram em desconto de 53,5% no valor de face dos seus títulos - número maior do que os 50% concedidos antes da reunião. O Instituto Internacional de Finanças, que representa os credores, não foi encontrado para comentar.

Participantes da reunião disseram que o país em crise também será beneficiado com um acordo pelo qual o Banco Central Europeu irá distribuir lucros estimados em € 50 bilhões de títulos comprados no mercado secundário em 2010-11 para os governos da zona do euro - e que agora serão usados para ajudar a Grécia. Os ministros concordaram, ainda, em uma nova redução na taxa de juros sobre o empréstimo de € 53 bilhões concedido pela zona do euro no 1º resgate, acordado em maio de 2010.

Mesmo com o consenso dos ministros, economistas avaliam que o acordo vai deixar questões de longo prazo sobre a capacidade da Grécia de pagar sua dívida, ainda que reduzida. O Fundo Monetário Internacional (FMI) - que também fará uma contribuição financeira para o resgate - sugeriu, um relatório confidencial, que o programa grego ainda ficará vulnerável. As informações são da Dow Jones.

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