Economia

Europa articula ajuda à Grécia, dizem jornais

A Alemanha e a França estudam assumir a liderança de um pacote de 30 bilhões de euros de ajuda à Grécia, informou o jornal austríaco Kurier, citando negociações secretas entre os governos. O jornal francês Le Monde disse que a zona do euro (que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda) está […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

A Alemanha e a França estudam assumir a liderança de um pacote de 30 bilhões de euros de ajuda à Grécia, informou o jornal austríaco Kurier, citando negociações secretas entre os governos. O jornal francês Le Monde disse que a zona do euro (que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda) está próxima de fechar um acordo para conceder à Grécia entre 20 bilhões de euros e 25 bilhões de euros. O periódico cita documentos secretos que foram enviados aos comissários da União Europeia.

De acordo com o Kurier, Alemanha e França teriam juntos produzido um acordo que, no todo, daria um suporte financeiro de 55 bilhões de euros à Grécia, por meio de uma cesta de garantias de crédito e compras de bônus governamentais antes do fim do ano. Sem citar fontes, o jornal diz que a chanceler alemã Angela Merkel pretende comprometer-se com 20 bilhões de euros, enquanto o presidente francês, Nicolas Sarkozy, prepara-se para gastar até 10 bilhões de euros. Os governos alinharam seus planos com o Banco Central Europeu (BCE). Para evitar agitação, o governo alemão pediu que a ajuda fosse iniciada no feriado de Páscoa, quando os mercados europeus estão fechados.

O Le Monde informa que o plano de ajuda dos países da zona do euro está sendo discutido hoje por representantes do Tesouro dos países, da Comissão Europeia e do BCE. Duas opções são estudadas. Os países poderiam lançar uma linha de crédito financiada pelos membros da zona do euro ou criar uma linha financiada por empréstimos da União Europeia.

A primeira opção, de acordo com o documento obtido, seria mais fácil no curto prazo. A segunda seria viável no médio prazo e evitaria que os 16 países que utilizam o euro tivessem de recorrer a seus orçamentos. Vários países, incluindo a Bélgica, insistiram que qualquer atitude deve ser coordenada nos parâmetros da União Europeia e não apoiar-se em iniciativas da França e da Alemanha.

As informações são da Dow Jones

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaCrises em empresasEmpréstimosEuropaGréciaPiigs

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto