O presidente do Chipre, Nicos Anastasiades: um acordo entre os 17 países do euro é urgente dado que o BCE anunciou que só garante a liquidez de emergência aos bancos cipriotas até segunda-feira. (©afp.com / Georges Gobet)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 16h58.
Bruxelas - Os ministros de Finanças da eurozona iniciaram nesta quinta-feira uma conferência telefônica com a finalidade de analisar a situação no Chipre depois que foram conhecidos alguns elementos do plano alternativo do resgate que Nicósia pretende aprovar.
"A teleconferência começou" por volta das 15h24 (horário de Brasília), disseram à Agência a Efe fontes diplomáticas da eurozona.
Os ministros de Finanças analisam o "plano B" que foi elaborado pelo Governo de Nicósia e anunciaram oficialmente alguns detalhes para enfrentar a crise financeira do país.
A conferência telefônica, que é a segunda desta semana, acontece depois que a Comissão Europeia (CE), o Banco Central Europeu (BCE) e o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, aumentaram consideravelmente a pressão sobre o Chipre, nesta quinta-feira, com um ultimato e advertências que qualquer plano alternativo deve salvaguardar a sustentabilidade da dívida.
Um acordo entre os 17 países do euro é urgente dado que o BCE anunciou que só garante a liquidez de emergência aos bancos cipriotas até segunda-feira, já que não está assegurada a solvência das entidades afetadas sem um programa de ajuda.
No Chipre, o presidente de seu Banco Central, Panikos Dimitriadis, anunciou a reestruturação do Laiki Bank, o segundo maior banco do país mediterrâneo, dentro de um plano de saneamento do sistema bancário, sem o qual a economia "estaria em perigo".
Este banco reduziu a 260 euros diários o limite da retirada de dinheiro em seus caixas automáticos.
O plano alternativo com o qual o Governo cipriota pretende reunir os 5,8 bilhões de euros exigidos pelo Eurogrupo como contribuição própria ao resgate de até 10 bilhões de euros inclui, além disso, não só um denominado Fundo Solidário de Investimento, mas também a criação de um banco "bom" e outro "mau".
De acordo com os detalhes do plano que estão sendo filtrandos pelos meios de imprensa cipriotas, todos os ativos e os depósitos menores de 100 mil euros do Laiki Bank, intervindo pelo Estado desde o ano passado, passariam ao Cyprus Bank, o principal banco do país.
Os empréstimos morosos e os depósitos superiores aos 100 mil euros do Cyprus Bank passariam ao Laiki Bank, que se transformaria em um banco "mau".