O ministro das Finanças da Holanda, que está comandando sua primeira reunião desde que assumiu a presidência do Eurogrupo, descreveu a situação no Chipre como "complicada" (REUTERS/Kai Pfaffenbach)
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2013 às 10h07.
Bruxelas - O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse nesta segunda-feira que os trabalhos prosseguirão na elaboração de um pacote de ajuda para o Chipre, mas que nenhuma decisão final será tomada até março, após o resultado das eleições gerais na ilha.
"Nós estamos buscando um pacote completo, vamos tentar chegar a uma decisão em março, e vamos olhar para os vários instrumentos que poderemos ter de usar", disse Dijsselbloem a jornalistas ao chegar para uma reunião de ministros das Finanças da zona do euro, em Bruxelas. "Estamos todos de acordo que uma solução precisa ser aprovada e devemos usar o tempo que temos...."
As negociações sobre o pacote de resgate de 17,5 bilhões de euros para o Chipre começaram em novembro e, segundo expectativas, o setor bancário do país precisará de cerca de 10 bilhões de euros para continuar à tona. Um novo governo deverá tomar posse no início de março, após eleições presidenciais no dia 17 de fevereiro.
O ministro das Finanças da Holanda, que está comandando sua primeira reunião desde que assumiu a presidência do Eurogrupo no mês passado, descreveu a situação no Chipre como "complicada" tendo em vista que setor bancário do país é grande. "Temos de trabalhar em uma boa solução", disse Dijsselbloem, mas ele não quis comentar sobre relatos de que os investidores privados teriam de contribuir para qualquer pacote de ajuda.
Questionado sobre as políticas de taxas de câmbio, ele disse que o problema "pode surgir", mas ressaltou não será pressionado em relação à questão sobre se a zona do euro precisará de uma política de taxa de câmbio.
O recente aumento do euro enervou os políticos e empresas da Europa, que temem que um aumento sustentado irá bloquear qualquer retorno ao crescimento, tornando as exportações menos competitivas. O ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici, estaria interessado em debater a questão durante a reunião desta segunda-feira. As informações são da Dow Jones.