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EUA tem recuperação na criação de empregos privados em abril

Isso representa um aumento em relação à criação de empregos em março, revisada para 142.000 empregos, dos 145.000 inicialmente previstos

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Publicado em 3 de maio de 2023 às 13h27.

A criação de emprego no setor privado nos Estados Unidos se recuperou fortemente em abril, contrariando as previsões dos analistas, em um contexto de desaceleração do mercado de trabalho associada ao combate à inflação alta.
As empresas do setor privado criaram 296.000 empregos nos Estados Unidos no mês passado, de acordo com a pesquisa mensal ADP/Stanford Lab divulgada nesta quarta-feira, 3.

Isso é mais que o dobro dos 145.000 novos empregos esperados, de acordo com o consenso de analistas do site financeiro Briefing.com.

E representa um aumento em relação à criação de empregos em março, revisada para 142.000 empregos, dos 145.000 inicialmente previstos, disse a ADP.

Crescimento

Apesar desse aumento inesperado na criação de empregos, o crescimento dos salários continuou desacelerando, até 6,7% em um ano para as pessoas que permaneceram no mesmo emprego, ante 6,9% em março. Para os que mudaram de emprego, o aumento é de 13,2%, ante 14,2% no mês anterior.

"A desaceleração no crescimento salarial dá o sinal mais claro do que está acontecendo no mercado de trabalho agora", disse Nela Richardson, economista-chefe da ADP, citada no comunicado.

"Os empregadores estão contratando agressivamente enquanto controlam os ganhos salariais à medida que os trabalhadores se aposentam. Nossos dados também mostram que menos pessoas estão trocando de emprego", acrescentou.

O mercado de trabalho dos Estados Unidos sofre há dois anos com uma escassez significativa de mão de obra, o que aumentou os salários. Isso contribuiu para o aumento da inflação, que o Federal Reserve dos EUA (Fed, banco central) quer conter.

Para isso, está desacelerando deliberadamente a atividade econômica nos Estados Unidos, o que deve provocar retração no mercado de trabalho e aumento da taxa de desemprego.

O Fed, que encerra nesta quarta-feira a reunião do seu comité de política monetária, deve anunciar um novo aumento das taxas de referência, o que aumentaria ainda mais o custo do crédito às famílias e às empresas, para frear o avanço da atividade econômica.

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