EUA e Coreia do Sul: o governo americano notificou o país asiático sobre sua intenção nesta quarta-feira (Chung Sung-Jun/Getty Images)
EFE
Publicado em 13 de julho de 2017 às 08h41.
Washington - O governo dos Estados Unidos notificou na quarta-feira a Coreia do Sul, sua intenção de renegociar o Tratado de Livre-Comércio entre estes dois países que entrou em vigor em 2012 e que, segundo a Casa Branca, dobrou o déficit comercial de Washington em comparação a Seul.
Em uma carta ao governo sul-coreano, o representante do Escritório de Comércio Exterior dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, solicitou a ativação de um mecanismo para que as duas partes se reúnam em Washington em um prazo de 30 dias para "considerar (...) possíveis emendas e remodelações" ao tratado.
Lighthizer apontou como principais problemas para Washington "o acesso ao mercado coreano para as exportações americanas" e o "significativo desequilíbrio comercial".
"Um aspecto fundamental do governo de (Donald) Trump é a redução dos nossos déficits comerciais com os parceiros comerciais em todo mundo, e temos uma verdadeira preocupação pelo nosso significativo déficit comercial com a Coreia", disse Lighthizer na carta.
O chefe de Comércio Exterior explicou que os EUA têm déficit comercial com a Coreia há décadas, uma circunstância que a entrada em vigor do acordo de livre comércio devia resolver, "com benefícios significativos" para as duas economias.
"No entanto, o nosso déficit com a Coreia cresceu, e o nosso déficit de bens dobrou desde que o acordo entrou em vigor", acrescentou Lighthizer, exigindo uma renegociação para conseguir "um verdadeiro progresso que promova regras de jogo verdadeiramente justas e uma relação comercial mais equilibrada".
O déficit comercial dos EUA em comparação com a Coreia foi em 2016 de US$ 27,7 bilhões, quase o dobro que os US$ 16,6 de 2012, quando entrou em vigor este acordo comercial, conhecido como KORUS.
Em abril, Donald Trump ameaçou terminar com um acordo - o KORUS - que considera que é "terrível" e que destruiu "a economia americana.