Indústria de etanol nos EUA: subsídios foram criados em 1973 (Steven Vaughn/Agricultural Research Service via Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 16h41.
Washingto - Os Estados Unidos colocarão fim neste domingo a mais de três décadas de subsídios para os produtores de etanol que custaram US$ 6 bilhões anuais aos contribuintes, embora espera-se que o impacto sobre os agricultores seja ínfimo.
Na semana passada, o Congresso entrou em recesso sem estender os subsídios que ajudaram milhões de toneladas de milho para dentro dos tanques de combustível dos automóveis ao invés de se transformar em ração para o gado ou alimento para os homens.
Os subsídios para os agricultores surgiram em 1973, quando um embargo petroleiro árabe demonstrou até que ponto a maior economia do planeta dependia dos hidrocarbonetos importados.
Durante a Presidência de Jimmy Carter (1977-1981) houve muito entusiasmo nos EUA pelas fontes de energia alternativas e os combustíveis obtidos de recursos renováveis, incluída a produção de etanol a partir de vegetais, especialmente o milho.
Embora a chegada à Casa Branca do republicano Ronald Reagan diminuiu a busca por fontes alternativas de energia, os subsídios para os produtores de etanol se mantiveram.
No outro extremo do espectro político, os defensores do meio ambiente também se opuseram aos subsídios para os produtores de etanol, com o argumento de que a expansão dos cultivos envolvia maior uso de máquinas - com motores a diesel - e um uso maior de adubos.
Os produtores de etanol esperam agora que o Congresso não deixe expirar outro subsídio que apoia o combustível obtido de fontes vegetais, conhecido como etanol celulósico.
Este é o etanol que pode obter a partir de uma espécie de gramínea (Panicum virgatum), resíduos de madeira em estaleiros e ainda folhas e casca de milho.