Economia

EUA não fechará economia se houver 2ª onda de covid-19, diz Tesouro

As medidas de contenção dispostas pelo governo e estados para impedir a propagação do coronavírus afetaram gravemente a maior economia do mundo

Steven Mnuchin: o secretário do Tesouro afirmou que os EUA não fechará novamente a economia em caso de segunda onda de covid-19 (Foto/AFP)

Steven Mnuchin: o secretário do Tesouro afirmou que os EUA não fechará novamente a economia em caso de segunda onda de covid-19 (Foto/AFP)

A

AFP

Publicado em 11 de junho de 2020 às 14h50.

Estados Unidos não fechará sua economia novamente em caso de uma segunda onda de covid-19, afirmou nesta quinta-feira (11) o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, após vários estados do país registrarem um aumento no número de casos.

"Não podemos fechar a economia de novo. Creio que aprendemos que se um fechar a economia, estará gerando mais prejuízos", disse Mnuchin à rede CNBC.

As medidas de contenção dispostas pelo governo federal e pelos estados para impedir a propagação do vírus afetaram gravemente a maior economia do mundo, gerando dezenas de milhões de demissões desde meados de março e uma taxa de desemprego de 13,3% em maio, um número que lembra a Grande Depressão de 90 anos atrás.

Mnuchin mencionou o "dano econômico" dos fechamentos de negócios e comércios em todo o país, assim como as dificuldades no plano médico, "e todo o restante".

No entanto, defendeu posteriormente as medidas de contenção tomadas e elogiou a resposta à crise do presidente Donald Trump.

Sendo o país mais afetado do mundo em termos de número de casos e mortos, os Estados Unidos, que registraram sua primeira morte pelo vírus no início de fevereiro, somam quase 113.000 mortes e enfrentam agora um aumento no número de casos em vários estados.

Em Texas e Carolina do Norte atualmente há mais pacientes com COVID-19 hospitalizados do que há um mês.

Os 50 estados do país estão analisando como avançar na flexibilização das medidas de confinamento.

Alguns, como Texas ou Georgia, iniciaram a reabertura em abril, como pediu Trump, gerando debates acalorados com os defensores da prudência, que temiam o impacto mais severo de uma segunda onda.

"A boa notícia é que se tem uma grande capacidade de testes (diagnósticos) e uma grande capacidade hospitalar", acrescentou o secretário do Tesouro.

"Esse era o grande problema e a razão pela qual o presidente teve que fechar partes da economia", disse.

Além disso, Mnuchin considerou que é normal que a reabertura das empresas seja acompanhada de um aumento nos casos, mas se mostrou confiante sobre a resposta que o país pode dar.

"A tecnologia (para o acompanhamento dos contatos dos infectados) está melhorando bastante, por isso acredito que lidaremos com isto adequadamente", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusCrise econômicaEstados Unidos (EUA)

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto