Economia

EUA aprovarão impostos de 25% sobre aço e 10% ao alumínio

Trump tinha até abril para decidir quais medidas adotar após relatório sobre os efeitos das importações dos produtos sobre "a segurança" dos EUA

Aço: "Vamos assiná-los na próxima semana. E terão proteção por um longo período de tempo", apontou Trump (Mark Renders/Getty Images)

Aço: "Vamos assiná-los na próxima semana. E terão proteção por um longo período de tempo", apontou Trump (Mark Renders/Getty Images)

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EFE

Publicado em 1 de março de 2018 às 17h22.

Última atualização em 1 de março de 2018 às 21h13.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que aprovará na próxima semana impostos de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio de alguns países.

"Vamos assiná-los na próxima semana. E terão proteção por um longo período de tempo", apontou Trump após um encontro com líderes empresariais na Casa Branca, sem mencionar os países afetados.

Trump tinha até meados de abril para decidir quais medidas adotar após o Departamento de Comércio ter lhe enviado um relatório sobre os efeitos das importações destes produtos sobre "a segurança nacional" dos EUA e no qual recomendava a aplicação destas tarifas.

"Basicamente a maioria dos senhores estarão imediatamente expandindo (as suas operações) se lhes dermos um campo de jogo equilibrado. O que foi permitido que acontecesse por décadas é uma desgraça", disse o governante a um público que contava com representantes de grandes conglomerados siderúrgicos como Arcelor Mittal, Nucor e US Steel Corporation.

No documento, enviado pelo Departamento de Comércio em meados de fevereiro, era recomendada a aplicação de fortes taxas sobre a importação de aço e alumínio - de até 50% - e cogitada a possibilidade de adoção de cotas.

Ainda que Trump não tenha citado países, o secretário de Comércio, Wilbur Ross, ressaltou no documento, conhecido como "Relatório 232", que a China é "o grande responsável" pelo excesso de aço nos mercados internacionais, já que o gigante asiático "só em um mês produz o mesmo que os EUA em todo um ano".

Outros países explicitamente apontados pelo governo americano são Brasil, Índia, Rússia e Coreia do Sul.

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