Coreia do Norte: Sun Sidong, responsável por uma das companhias punidas. também sofreu sanções (KCNA/Reuters)
AFP
Publicado em 21 de novembro de 2017 às 18h01.
Última atualização em 22 de novembro de 2017 às 10h25.
Os Estados Unidos anunciaram, nesta terça-feira (21), novas sanções econômicas contra 13 empresas e entidades da Coreia do Norte e chinesas que fazem negócios com Pyongyang.
O anúncio do Departamento de Tesouro foi feito um dia depois de Washington incluir a Coreia do Norte em sua lista de países patrocinadores do terrorismo e alertar para medidas contra seu programa nuclear.
As sanções aprovadas nesta terça-feira estão focadas principalmente contra empresas "que fazem negócios com a Coreia do Norte por montantes acumulados que alcançam centenas de milhões de dólares", anunciou o secretário de Tesouro, Steve Mnuchin, em um comunicado.
"Também sancionamos empresas de transporte, bem como seus navios, que facilitam o comércio da Coreia do Norte com suas manobras enganosas", acrescentou.
Estão na lista quatro companhias chinesas, bem como o proprietário, também chinês, de uma delas.
São a Dandong Kehua Economy & Trade Cia Ltda, a Dandong Xianghe Trading Cia Ltda e a Dandong Hongda Trade Cia Ltda, especializadas em importação e exportação de laptops e minerais, e Sun Sidong e sua empresa Dandong Dongyuan Industrial Cia Ltda, que exportaria à Coreia do Norte, entre outros, veículos a motor e "artigos associados a reatores nucleares", segundo o Tesouro.
As sanções envolvem ainda 20 navios de bandeira norte-coreana e a Korea South-South Cooperation Corporation, acusada de transportar trabalhadores norte-coreanos - uma importante fonte de renda para Pyongyang - para China, Rússia, Camboja e Polônia.
O presidente Donald Trump anunciou nesta segunda-feira a inclusão da Coreia do Norte na lista de países que patrocinam o terrorismo, um novo passo para fortalecer o isolamento internacional do governo de Pyongyang.
A inclusão da Coreia do Norte na polêmica lista dos EUA representa a adoção de novas sanções em "apoio à nossa campanha de pressão máxima para isolar esse regime assassino", afirmou o presidente.
Após as últimas duas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, como resposta aos novos testes balísticos e nucleares, sanções multilaterais mais rígidas foram adotadas contra o regime norte-coreano. Washington deseja que o restante da comunidade internacional anuncie medidas unilaterais.
O governo americano deseja especialmente que a China, principal apoio econômico de Pyongyang, pare de dar suporte ao país vizinho.
O secretário de Estado, Rex Tillerson, justificou a volta da Coreia do Norte à lista, mas reafirmou que sua esperança em uma negociação.
"Ainda temos esperança na diplomacia", disse Tillerson, que acrescentou que, no entanto, Washington "continuará fazendo pressão sobre a Coreia do Norte para convencer outros países a adotarem ações por conta própria".