Bandeira da Venezuela (Carlos Becerra/Getty Images)
AFP
Publicado em 19 de março de 2019 às 14h05.
Última atualização em 19 de março de 2019 às 14h52.
Os Estados Unidos impuseram novas sanções à Venezuela nesta terça-feira, desta vez contra a mineradora estatal Minerven e seu presidente, Adrián Perdomo, a quem acusa de realizar operações ilegais de ouro que apoiam o presidente venezuelano Nicolás Maduro.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que a medida visa a mineradora Minerven e seu presidente "por sustentar o círculo interno do corrupto regime de Maduro", que Washington está pressionando para deixar o poder.
"Vamos perseguir agressivamente aqueles envolvidos com o comércio ilícito de ouro de Maduro que está contribuindo para esta crise financeira, humanitária e ambiental" no país latino-americano, acrescentou.
Os Estados Unidos, que reconhecem junto com outros 50 países o líder parlamentar da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino, aplicaram sanções econômicas e um embargo ao petróleo venezuelano.
"Os lucros gerados pela mineração ilegal dirigida por Maduro são cobiçados pelos militares venezuelanos, aos quais Maduro concede livre acesso às minas", explicou o Departamento do Tesouro.
As sanções congelam quaisquer ativos que essas pessoas possam ter nos Estados Unidos e as proíbem de realizar qualquer transação financeira com indivíduos ou entidades americanos.
O Tesouro repetiu seu mantra de sanções, afirmando que elas não serão necessariamente permanentes, mas "que se destinam a motivar uma mudança positiva de comportamento".
Washington suspenderá essas medidas contra aqueles que "tomarem ações concretas e significativas para restaurar a ordem democrática" na Venezuela.
Desde 2015, os Estados Unidos impuseram sanções a dezenas de autoridades venezuelanas e ex-autoridades, incluindo Maduro e sua esposa Cilia Flores, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, acusando-os de violar os direitos humanos, atuar contra a democracia, corrupção e tráfico de drogas.
O Departamento do Tesouro observou que "o impacto da mineração ilegal sob o regime de Maduro tem sido criticado pela sociedade civil e grupos ambientalistas pela realização de avaliações de impacto ambiental e estudos sobre suas consequências culturais".