Cubanos comemoram notícia sobre a reaproximação entre Cuba e EUA (Roberto Morejon/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 13h02.
Washington - Os Estados Unidos implementarão a partir de sexta-feira novas regulações que facilitarão as viagens e o comércio de americanos com Cuba, no âmbito da histórica aproximação diplomática entre os dois países, anunciou nesta quinta-feira o departamento do Tesouro.
"O anúncio nos deixa um passo mais próximos de substituir políticas obsoletas que não funcionavam e estabelece uma política de ajuda para promover as liberdades econômicas e políticas para o povo cubano", disse o secretário do Tesouro, Jacob Lew.
O novo marco normativo reduz os requisitos para viajar a Cuba, e os turistas americanos poderão usar a partir de agora seus cartões de débito ou crédito na ilha.
Os viajantes poderão sair de Cuba com até 400 dólares em produtos pessoais, incluindo não mais de 100 dólares em licores ou tabaco.
Por outro lado, o montante das remessas que os cubanos recebem de seus familiares nos Estados Unidos aumentará de 500 a 2.000 dólares por trimestre.
As novas medidas estão incluídas nas mudanças econômicas anunciadas em novembro pelo presidente Barack Obama.
Os Estados Unidos e Cuba surpreenderam o mundo no dia 17 de dezembro ao anunciar que deixavam para trás meio século de confrontos para iniciar negociações para a normalização plena das relações diplomáticas.
O acordo foi selado definitivamente com uma histórica conversa telefônica de quase uma hora entre Obama e o líder cubano Raúl Castro.
A primeira rodada de negociações para iniciar o processo de normalização das relações diplomáticas ocorrerá em Havana nos dias 21 e 22 de janeiro. A delegação americana estará liderada pela vice-secretária de Estado para o Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson.
Segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, a nova regulação servirá para facilitar a crescente relação entre os dois países.
"Estas mudanças também permitirão imediatamente aos americanos oferecer meios para incentivar a população cubana a ser menos dependente da economia estatal", indicou Earnest em uma nota oficial.