EUA e China: a posição coincide com as crescentes tensões políticas e econômicas entre os norte-americanos e chineses (Reprodução/Getty Images)
Reuters
Publicado em 21 de julho de 2017 às 16h50.
Um painel confidencial do governo dos Estados Unidos contestou ao menos nove aquisições de empresas norte-americanas por compradores estrangeiros em 2017, disseram fontes familiarizadas como o assunto, um número e que é um mal presságio para a China.
O movimento indica que o Comitê de Investimentos Estrangeiros nos EUA (CFIUS, na sigla em inglês), que analisa potenciais riscos à segurança nacional em aquisições de entidade estrangeiras, está se tornando mais avesso a riscos sob a administração do presidente Donald Trump.
Investidores e empresas chinesas que visavam os ativos norte-americanos poderiam enfrentar mais obstáculos, uma vez que o governo da China também está restringindo o fluxo de capital saindo do país, após uma bonança de negócios no exterior.
A posição mais conservadora do CFIUS em relação aos acordos coincide com as crescentes tensões políticas e econômicas entre os norte-americanos e chineses. Na quarta-feira, os dois países não chegaram a um consenso sobre novas medidas para reduzir a déficit comercial dos EUA com a China.
Desde o começo do ano, o CFIUS notificou empresas envolvidas em pelo menos nove acordos de que seriam impedidas de continuar os negócios com base nas medidas que propuseram para enfrentar possíveis riscos à segurança nacional, disseram as fontes.
Muitos desses acordos são do setor de tecnologia, disseram as fontes. O aumento das ameaças à segurança cibernética e o rápido avanço das tecnologias dificulta estabelecer se um negócio no setor representa riscos, disseram os advogados que representam empresas no CFIUS.