Guaidó: líder da oposição da Venezuela é reconhecido como presidente do país pela Casa Branca (Marco Bello/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de outubro de 2019 às 16h06.
Última atualização em 8 de outubro de 2019 às 16h10.
Washington — O governo dos Estados Unidos e representantes do líder da oposição da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido como presidente do país pela Casa Branca, firmaram nesta terça-feira um acordo bilateral de cooperação.
Com o pacto, o governo americano ajudará financeiramente organizações da sociedade civil da Venezuela, veículos de imprensa independentes, associações dedicadas a supervisionar eleições e grupos que oferecem ajuda sanitária e alimentos aos venezuelanos.
Segundo o diretor da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), Mark Green, o pacto prevê a destinação de US$ 116 milhões à Venezuela. Do total, US$ 98 milhões serão repassados a grupos que estão atuando no país.
Green não explicou como o dinheiro será enviado pelos EUA.
A responsável por Cuba e Venezuela no Departamento de Estado dos EUA, Carrie Filipetti, e o embaixador da oposição de Guaidó em Washington, Carlos Vecchio, comemoraram a assinatura do pacto.
"Este é o primeiro acordo bilateral assinado entre os EUA e o governo da Venezuela em mais de 65 anos. É reflexo da parceria vital e única entre nossos dois países", destacou Filipetti.
Em vídeo exibido durante o evento, Guaidó afirmou que o acordo é a "oficialização" da aliança entre a Casa Branca e o governo venezuelano representado por ele. Os EUA foram um dos primeiros países do mundo a reconhecer o opositor como presidente legítimo.
A questão humanitária é um dos pontos de tensão entre Guaidó e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que acusa os EUA de tentar interferir no país.
Em fevereiro, a oposição tentou fazer entrar no país ajuda enviada pela Casa Branca através das fronteiras com Colômbia e Brasil, mas foi impedida pelas Força Armada Nacional Bolivariana a pedido do chavismo.