Economia

EUA e México se aproximam de acordo sobre conteúdo de carros no Nafta

Autoridades mexicanas estão otimistas quanto à possibilidade de conseguir renovação do Nafta com os EUA mostrando flexibilidade sobre conteúdo automotivo

Nafta: países estão se "aproximando" de um acordo sobre as chamadas regras de origem no setor automotivo (Carlos Jasso/Reuters)

Nafta: países estão se "aproximando" de um acordo sobre as chamadas regras de origem no setor automotivo (Carlos Jasso/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 19h45.

Os Estados Unidos e o México estão perto de um acordo sobre as regras de conteúdo automotivo nas negociações para renovar o pacto comercial do Nafta, disse uma importante autoridade mexicana nesta quarta-feira.

Guillermo Malpica, chefe do departamento comercial e do Nafta para o governo mexicano, também disse que os Estados Unidos "começaram a mostrar mais flexibilidade na semana passada" sobre conteúdo automotivo e outros tópicos nas negociações, que se arrastaram por quase um ano.

As autoridades mexicanas dizem que estão otimistas quanto à possibilidade de conseguir um acordo para renovar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte e que estão esperançosos de realizar um avanço quando ministros do México e dos Estados Unidos se reunirem esta semana.

Malpica, ao falar com repórteres em uma conferência da indústria automobilística, disse que estão se "aproximando" de um acordo sobre as chamadas regras de origem no setor, que determinam quanto do veículo deve ser feito nos três países do Nafta para o status de livre comércio.

O peso mexicano subiu 0,2 por cento para o seu nível mais forte do dia, após notícias de progresso no elemento autos das negociações, antes de recuar novamente. Alguns analistas prevêem que o peso se valorize abaixo de 18 por dólar a partir de seu nível atual de 18,6 dólares, caso haja um acordo.

Em maio, o México se ofereceu para elevar a exigência de conteúdo local para 70 por cento dos atuais 62,5 por cento. Os Estados Unidos estão pedindo que o limite seja de 75 por cento.

Malpica também disse que os Estados Unidos ainda estão pressionando por uma cláusula de suspensão que exigiria que o tratado fosse reaberto a cada cinco anos. O Canadá e o México se opõem fortemente à ideia.

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