Economia

EUA e China firmam acordo sobre carne, gás e serviços financeiros

A China autorizará as importações de carne bovina dos EUA após um embargo de 13 anos

EUA e China: Washington solicitava há vários anos a reabertura do mercado chinês (Carlos Barria/Reuters)

EUA e China: Washington solicitava há vários anos a reabertura do mercado chinês (Carlos Barria/Reuters)

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AFP

Publicado em 12 de maio de 2017 às 09h57.

Última atualização em 12 de maio de 2017 às 09h59.

Washington e Pequim anunciaram nesta sexta-feira um acordo comercial para exportações de carne e gás dos Estados Unidos para a China, que também vai aceitar alguns serviços financeiros americanos.

A China autorizará as importações de carne bovina após um embargo de 13 anos e as empresas chinesas poderão comprar gás natural nos Estados Unidos, de acordo com o texto do acordo, apresentado como o primeiro resultado concreto dos contatos entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

Trump, que durante a campanha eleitoral criticou duramente a China, recebeu o presidente Xi no início de abril em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

Após a reunião, Trump celebrou o que chamou de "progressos espetaculares" na relação China-EUA e prometeu um "plano de ação" de 100 dias para reforçar a cooperação entre os dois países.

O texto do acordo estabelece que a China autorizará até o fim de julho as importações de carne bovina americana.

A China suspendeu totalmente as importações de carne bovina dos Estados Unidos em 2003, após a descoberta de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como "mal da vaca louca", no país.

Washington solicitava há vários anos a reabertura do mercado chinês, onde o consumo de carne aumentou de forma espetacular e que os fazendeiros americanos consideram crucial.

Em contrapartida, o governo dos Estados Unidos suprimirá "o mais rápido possível" as restrições à importação de carne de ave chinesa.

No campo da energia, Washington autorizará as empresas chinesas a comprar gás natural americano.

"A China não será tratada menos favoravelmente que outros países" que não dispõem de um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, estabelece o acordo.

Como parte do acordo, Pequim autorizará empresas estrangeiras a oferecer serviços de classificação financeira na China. Também promete "acesso rápido e completo" ao mercado chinês aos sistemas americanos de pagamento eletrônico.

Por fim, a China celebrou o envio de uma delegação americana ao fórum diplomático "Novas Rotas da Seda", que começa no próximo domingo em Pequim. No comunicado, o governo dos Estados Unidos reconhece a "importância" do fórum.

O acordo China-EUA segue o compromisso de Trump de reduzir o colossal déficit comercial de Washington com Pequim, que em 2016 foi de quase 350 bilhões de dólares.

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