Economia

EUA e China fecham negociações comerciais em Chicago

Penny Pritzker e outros funcionários do governo americano receberam em Chicago a delegação chinesa liderada pelo vice-primeiro-ministro Wang Yang


	Wang Yang: delegação chinesa liderada pelo vice-primeiro-ministro Wang Yang foi a Chigado para tratar de relações econômicas com os EUA
 (Feng Li/Getty Images)

Wang Yang: delegação chinesa liderada pelo vice-primeiro-ministro Wang Yang foi a Chigado para tratar de relações econômicas com os EUA (Feng Li/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 08h44.

Chicago - Estados Unidos e China finalizaram nesta quinta-feira em Chicago, no estado americano de Illinois, dois dias de negociações "muito produtivas" sobre comércio e negócios em setores-chave como produtos farmacêuticos, agricultura, proteção de patentes e o combate da pesca irregular, anunciou hoje a secretária de comércio Penny Pritzker.

"Todas as áreas discutidas são importantes e, talvez, não tenhamos alcançado tudo o que queríamos, mas temos motivos para estarmos orgulhosos dos resultados", declarou em entrevista coletiva.

Pritzker e outros funcionários do governo americano, entre eles o representante comercial Michael Froman e o secretário de agricultura, Tom Vilsack, receberam em Chicago a delegação chinesa liderada pelo vice-primeiro-ministro Wang Yang.

O encontro se realizou no contexto da 25ª Reunião da Comissão sobre Comércio e Negócios estabelecida pelos dois países em 1983.

Segundo a secretária, as negociações consistem em um diálogo econômico "mais dinâmico e efetivo" com a China que, em 2013, comprou bens e serviços dos Estados Unidos no valor de US$ 161 bilhões e elevou para US$ 617 bilhões o comércio entre os dois gigantes.

Sem entrar em detalhes, a funcionária disse que as negociações sobre "inovações agrícolas" foram um sucesso, o que permitiria a inclusão de novos produtos, como as sementes geneticamente modificadas, que enfrentam barreiras para sua importação na China.

Também mencionou avanços nas discussões sobre a lei chinesa antimonopólio, que preocupa os empresários americanos.

Froman disse, por sua vez, que o objetivo do encontro era lançar "a pedra fundamental" de um novo diálogo e, em sua opinião, os lucros podem ser medidos de várias maneiras.

"Dialogamos com confiança e respeito, tivemos conversas francas sobre os desafios que enfrentamos e conseguimos progressos para apoiar trabalhos e exportações americanas", declarou.

Pritzker destacou que Chicago foi escolhida como o local da reunião por sediar mais de 1,8 mil empresas estrangeiras de 450 países, das quais 40 são chinesas.

Além disso, Chicago é a principal porta de saída das exportações americanas para a China, responsável por mais de um quarto da carga aérea dirigida a esse país.

Por outro lado, o prefeito da cidade americana, Rahm Emanuel, informou em comunicado que foi acordado em conversas com as autoridades municipais chinesas que integraram a delegação a abertura do quarto escritório turístico de Chicago no país asiático, em Chengdu, a quarta maior cidade da província de Sichuan, e se somará aos que funcionam em Pequim, Xangai e Guangzhou.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Economia

Salário mínimo pode ir a R$ 1.521 em 2025 com nova previsão de inflação

BNDES e banco da Ásia assinam memorando para destinar R$ 16,7 bi a investimentos no Brasil

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,3%; expectativa para inflação também sobe, para 4,4%

Boletim Focus: mercado vê taxa de juros em 12% no fim de 2025