(cybrain/Getty Images)
AFP
Publicado em 5 de maio de 2019 às 15h10.
Última atualização em 5 de maio de 2019 às 15h58.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo que os Estados Unidos aumentarão de 10% para 25% as tarifas sobre alguns produtos da China na próxima sexta-feira, já que as negociações que os países mantêm há meses em matéria de comércio exterior "continuam, mas lentas demais".
"Durante dez meses a China pagou aos EUA tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos tecnológicos, e de 10% até US$ 200 bilhões em outros. As de 10% subirão para 25% na sexta-feira", afirmou Trump pelo Twitter.
Em um segundo tweet, o governante atribuiu a decisão ao fato de que "o acordo comercial com a China continua, lento demais, ao mesmo tempo que eles tentam renegociar".
De acordo com Trump, atualmente entram em solo americano produtos procedentes da China "não taxados" no valor de US$ 325 bilhões, panorama que pretende mudar com a nova tarifa de 25%.
Trump alertou no final do ano passado que, caso não fosse alcançado um acordo com a China antes de 1º de março, elevaria dos 10% atuais para 25% as tarifas aplicadas às importações chinesas no valor de US$ 200 bilhões. No entanto, optou por prorrogar o prazo para dar margem às negociações.
Desde dezembro, Pequim adotou medidas de boa vontade, como a redução de tarifas aos veículos importados dos EUA, o reatamento da compra de soja e a apresentação de um projeto de lei para proibir a transferência forçada de tecnologia.
Mas, como condição para não endurecer as tarifas à China, que afetam desde produtos têxteis e alimentos até combustíveis, Washington queria também que Pequim se comprometesse com mudanças estruturais na sua economia para, entre outras coisas, proteger a propriedade intelectual das empresas americanas.