Os EUA dizem que a China faz transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual (Jason Lee/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de junho de 2018 às 11h16.
São Paulo - Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira que suas novas tarifas contra a Chinas têm como alvo 1.102 produtos do país asiático, mas ressaltaram que eles não incluem "produtos comumente comprados por consumidores americanos, como telefones celulares ou televisores". Há pouco, o governo do presidente Donald Trump afirmou que imporá tarifas de 25% sobre produtos chineses equivalentes a US$ 50 bilhões.
O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) afirmou em comunicado que as tarifas adicionais são uma resposta a "práticas injustas no comércio" por parte de Pequim, relacionadas à "transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual americanas".
O USTR argumenta que a lista foi elaborada baseando-se em muitas informações e através de uma análise de declarações e testemunhos das partes interessadas. "Ela em geral se concentra em produtos de setores industriais que contribuem para ou se beneficiam da política industrial "Feito na China 2025", que inclui indústrias como a aeroespacial, de informação e de tecnologia de comunicações, maquinário industrial, novos materiais e automóveis", afirma o comunicado.
Os EUA detalharam que as tarifas atingiram 818 categorias de produtos, no valor de US$ 34 bilhões, da lista, e outros 284 categorias, no valor de US$ 16 bilhões. A tarifa sobre o primeiro desses dois conjuntos entra em vigor em 6 de julho, segundo o USTR.