Barack Obama: o Tesouro advertiu na quarta-feira que o teto, que atualmente é de 16,394 trilhões de dólares, seria alcançado na segunda-feira (REUTERS/Jason Reed)
Da Redação
Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 18h56.
Washington - O "abismo fiscal" e o "teto da dívida" são questões separadas, mas cada vez mais vinculadas, para as quais o presidente Barack Obama e seus adversários republicanos no Congresso devem encontrar uma solução e evitar que a economia dos Estados Unidos volte a cair em recessão.
- O Abismo Fiscal ("fiscal cliff"): designa a crise econômica que afetará os Estados Unidos se as medidas automáticas de redução do déficit, contidas em uma Lei de 2011, entrarem em vigor em janeiro. O imposto de renda aumentará para 98% dos norte-americanos, que pagarão 2,2 mil dólares a mais ao ano, segundo a Casa Branca.
- O teto da dívida: o aumento do teto da dívida pública, uma prerrogativa do Congresso, é necessário para permitir que o gogverno se endivide além do primeiro trimestre de 2013.
O Tesouro advertiu na quarta-feira que o teto, que atualmente é de 16,394 trilhões de dólares, seria alcançado na segunda-feira, e que portanto são necessárias medidas de emergência para evitar um descumprimento.
O limite de endividamento não tem uma relação direta com o "abismo fiscal", mas os republicanos têm ameaçado votar contra o Congresso para ganhar poder nas negociações sobre a redução do déficit.
- Origem do abismo: incapazes de acordar um plano para reduzir o déficit após uma discussão anterior pelo teto da dívida, o presidente Obama e integrantes do Congresso criaram em 2011 uma "super comissão" parlamentar encarregada de chegar a um acordo, mas não conseguiram. Segundo a lei que entra em vigência de maneira automática dia 2 de janeiro de 2013, haverá um aumento do corte do gasto público de 7% para 9%.
- As negociações: os democratas, que controlam a Casa Branca e o Senado, e os republicanos, maioria na Câmara de Representantes, estão de acordo na necessidade de realizar um novo plano para a redução do déficit que proteja a classe média. Contudo, as negociações estão estagnadas ao discutir sobre os impostos para os mais ricos, que os republicanos se negam a aumentar.
Os republicanos da Câmara, que não conseguiram entrar em um acordo sobre um plano entre eles e sairam de férias de Natal, afirmaram que eram o Senado e a Casa Branca que deveriam encontrar uma solução.