Consumidor escolhe feijão em supermercado: em receita, a expectativa é de crescimento nominal de 10% em 2014 (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2013 às 18h21.
São Paulo - A cesta de consumo de bens não-duráveis deve expandir em 2014 no mesmo ritmo do primeiro semestre deste ano, revelou um estudo da Kantar Worldpanel apresentado nesta terça-feira, 08. Levantamento dos primeiros seis meses em 8,2 mil lares brasileiros mostrou que a cesta de alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza cresceu 2% em volume. A previsão é que o patamar de 2% a 3% se mantenha no ano que vem.
Em receita, a expectativa é de crescimento nominal de 10% em 2014. No primeiro semestre deste ano, houve alta de 11%. Os números descrevem um cenário semelhante ao de 2011, mas com recuperação no comparativo com o ano passado, quando a cesta encolheu 1% em volume e cresceu 5% em valor nominal. Os 8,2 mil lares acompanhados no estudo são uma amostra representativa de ao menos 48 milhões de casas.
A diretora comercial da Kantar, Christine Pereira, destaca que a análise vem identificando uma manutenção do padrão de consumo conquistado pelas classes C, D e E nos últimos anos. A entidade detectou que, no primeiro semestre de 2013, o tamanho do carrinho de compras se manteve, ainda que o consumidor esteja se mostrando mais cauteloso com os gastos.
Na classe C e nas classes D e E, a consultoria identificou que estão consolidados como parte da cesta de compras 43 itens. Em 2008, o número era de 38 para a classe C e de 34 para D e E. "No passado, os produtos entravam e saíam da cesta assim que a situação parecia menos favorável, hoje nós vemos os consumidores dessa classe lutando para manter o padrão de consumo", declarou Christine.
De acordo com a Kantar, itens que antes eram classificados como supérfluos hoje estão consolidados. É o caso de creme de leite, extrato de tomate, cereal, leite em pó e maionese. Para considerar um item consolidado na cesta de uma classe social, é preciso que seja comprado pelo menos uma vez por ano por 70% dos consumidores.