Caminhão de grãos: tarifas de pedágio podem atingir 8,3% do custo operacional de produção no caso do milho e de 4,9% no caso da soja (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 14h30.
São Paulo - Pedágios nas rodovias do Paraná chegam a representar 45 por cento do custo do transporte de grãos no Estado. É o caso das cargas que saem de Foz do Iguaçu, no oeste, para Paranaguá, que recolhem 977,60 reais em tarifas. No caso de localidades mais próximas do porto, como Ponta Grossa, o custo equivale a 20 por cento do total. Os dados foram apontados por estudo da Gerência Técnica e Econômica do Sistema Ocepar (Getec), que mensurou o impacto dos atuais valores de pedágio praticados nas estradas paranaenses nos custos do transporte de grãos e insumos.
Conforme o levantamento, divulgado pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), as tarifas de pedágio podem atingir o equivalente a 8,3 por cento do custo operacional de produção, em se tratando de milho, e de 4,9 por cento, no caso da soja.
"Em 10 de dezembro de 2018 a Agepar homologou os aumentos no pedágio para os lotes de concessão no estado do Paraná. Os reajustes variam entre 0 e 17,83 por cento, mas, devido aos arredondamentos, o reajuste efetivo variou em algumas situações acima dos valores homologados", destaca o estudo. "O maior aumento ficou por conta dos lotes da Viapar, com um ajuste efetivo de 17,83 por cento. Esse reajuste contempla também um acréscimo oriundo de um degrau tarifário, aprovado em janeiro de 2018 e até então, não aplicado. A Econorte não solicitou reajuste tarifário à Agepar, portanto não houve alteração do valor vigente em 2018. Dessa forma, o valor por 100 km de pedágio médio no Paraná é de 14,90 reais. O valor mais alto é cobrado pela Econorte, com uma média de 17,89 reais/100km. O menor valor é cobrado pela Ecovia, com 11,94 reais/100km, em um trecho de concessão com 175 km."