Bandeira da União Europeia: a UE destina à região um investimento superior aos 500 milhões de euros (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2016 às 13h59.
Valência - A União Europeia (UE) é o maior investidor estrangeiro da América Latina, superando China, Rússia e Índia juntas, ao destinar 10% do dinheiro investido pelo bloco no exterior aos países da região.
Os cálculos foram feitos em um estudo da Universidade Internacional de Valência, na Espanha, que afirma que a UE destina à região um investimento superior aos 500 milhões de euros (cerca de R$ 1,8 bilhão na cotação atual).
Esse número representa um Investimento Direto Estrangeiro (IDE) maior do que principais concorrentes do bloco europeu na América Latina - China, Rússia e Índia - juntos.
Além disso, o estudo "Acordos Comerciais entre UE e a América Latina", afirmou que a região investe 125 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões) na UE.
Brasil e México são responsáveis por 60% desse valor, segundo o levantamento da universidade espanhola.
A pesquisa, elaborada pelo especialista José María García Álvarez-Coque, pretende analisar os acordos comerciais que a UE negociou e assinou com os países da América Latina e Caribe.
O relatório afirma que o mercado latino-americano se apresenta como uma região de "interesse estratégico" para a UE devido ao seu potencial de crescimento.
Por isso, a proposta do bloco deve ser "consolidar uma posição comercial mais sólida, forjando alianças que aproveitem os vínculos culturais com a região".
Segundo o especialista, as vantagens para as empresas europeias provêm da ampliação de seu mercado nos países emergentes e na possibilidade de facilitar a aplicação de normas sociais e ambientais mais exigentes para equilibrar o jogo da globalização.
Atualmente, segundo o estudo, os parceiros comerciais mais importantes da região para o UE são Brasil, México, Chile, Argentina, Colômbia e Peru.
Sobre os produtos exportados por ambas as regiões, García Álvez-Coque destaca que existe ainda um padrão de especialização "interindustrial tradicional".
Por isso, a UE se especializa em setores como maquinaria, produtos químicos, bens industriais e veículos de transporte.
Já os países latino-americanos focam em outros setores, como produtos agrários (grãos, carnes, frutas e lácteos), produtos, minerais, máquinas e combustíveis.