Os estoques são um componente-chave das mudanças do Produto Interno Bruto (Karen Bleier/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2012 às 11h57.
Washington - Os estoques no atacado nos Estados Unidos subiram menos do que o esperado em março, na medida em que o valor das ações de petróleo registrou a maior queda em quase dois anos, de acordo com dados do governo divulgados nesta terça-feira, que mostraram que não houve crescimento de produtos em estoque em meio a vendas estáveis.
Os estoques totais no atacado aumentaram 0,3 por cento, para um recorde de 480,4 bilhões de dólares, informou o Departamento do Comércio, após uma alta sem revisão de 0,9 por cento em fevereiro.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que os estoques de produtos à venda nos atacadistas subissem 0,6 por cento em março.
Os estoques são um componente-chave das mudanças do Produto Interno Bruto (PIB) e o modesto aumento de março pode ter implicações em revisões para a primeira estimativa do PIB do primeiro trimestre publicada no mês passado.
No entanto, irá depender muito dos dados de estoques empresariais gerais que serão divulgados na semana que vem para março. A economia cresceu num ritmo anual de 2,2 por cento nos primeiros três meses do ano, com os estoques tendo uma contribuição muito menor do que no quarto trimestre de 2011.
O valor das ações de petróleo despencou 5,9 por cento em maio, o maior declínio desde maio de 2010, parcialmente refletindo a retração nos preços do barril de crude.
Os estoques de automóveis subiram 0,4 por cento em março, após caírem 1 por cento no mês anterior.
Há uma forte demanda por veículos nos últimos meses, levando manufatureiros a aumentar a produção. Economistas, no entanto, alertam que os fabricantes terão que diminuir a produção para evitar um crescimento de estoques indesejado.
Em março, as vendas no atacado subiram 0,5 por cento, após crescerem 1,1 por cento em fevereiro. Economistas esperavam que as vendas tivessem alta de 0,7 por cento em março.
As vendas no atacado em março foram mistas, com automóveis caindo 1,7 por cento, o maior declínio desde maio do ano passado. As vendas de petróleo cresceram 2,7 por cento, após avançarem 4,4 por cento em fevereiro.
No ritmo de vendas de março, será necessário 1,17 mês para limpar as prateleiras, valor inalterado pelo sexto mês consecutivo.