Soja: estoques chineses de soja importada caíram nos últimos três a cinco meses e continuam em nível baixos também em março ou abril, diz Oil World. (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2013 às 17h37.
Hambrugo - Os estoques chineses de soja estão em níveis baixos, com o problema sendo intensificado pela recente decisão do país de cancelar pedidos de importações, e as compras externas em maio devem ser menores do que as necessárias, disse nesta terça-feira a consultoria Oil World, sediada em Hamburgo, na Alemanha.
"Os estoques chineses de soja importada caíram severamente nos últimos três a cinco meses e continuam em nível indesejavelemente baixos também em março ou abril, devido aos atrasos nos embarques na América do Sul pelo menos no momento", disse a Oil World.
"Os embarques de soja dos EUA e da América do Sul em março serão novamente abaixo das necessidades da China. Em outras palavras, neste momento os importadores chineses não conseguem obter o que compraram." Os preços da soja em Chicago vêm caindo na última semana, parcialmente devido à menor procura por estoques dos EUA e à grande safra brasileira que começa a chegar no mercado global.
No entanto, a capacidade limitada de movimentação nos portos brasileiros vem dificultando as exportações e causando atrasos.
Por outro lado, compradores chineses têm poucas opções a não ser aceitar a lentidão nos embarques no Brasil, disse a Oil World.
"Os chineses sabem muito bem como influenciar o mercado", disse a Oil World. "Eles fizeram anúncios de cancelamentos de compras de soja assim como da deterioração da margem de lucro na indústria nacional de suínos, o que pode desacelerar os esmagamentos e por consequência as necessidades de soja." Isso contribuiu para uma mudança no sentimento nos mercados futuros, ajudando a criar fraqueza, disse a Oil World.
"A situação chinesa seria mais confortável se os estoques reduzidos no país pudessem ser recompostos suficientemente até maio, oferecendo uma proteção contra qualquer problema climática e riscos nas lavouras dos EUA", disse a Oil World.