Moedas: houve emissão líquida de R$ 29,65 bilhões em novembro - maior que a de outros meses do ano (Bruno Domingos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 07h05.
Brasília - Após recuar em outubro, o estoque da dívida pública federal subiu 2,49% em novembro, o equivalente a R$ 53 bilhões, atingindo R$ 2,208 trilhões, segundo dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional.
No mês anterior, o estoque estava em R$ 2,155 trilhões.
A dívida pública mobiliária federal interna subiu 2,4%, fechando o mês em R$ 2,1 trilhões. A dívida pública federal externa ficou 4,23% maior, somando R$ 108,95 bilhões em novembro.
O coordenador-geral da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido, avaliou que o volume de emissões de títulos de novembro, de R$ 39,76 bilhões, foi significativo.
Como o volume de resgates foi de R$ 10,11 bilhões, houve uma emissão líquida de R$ 29,65 bilhões - maior que a de outros meses do ano.
"Já encerramos os leilões de dezembro e podemos adiantar que as emissões foram satisfatórias. O mês terá emissões significativas."
Mesmo com o aumento do estoque da dívida, os estrangeiros reduziram sua participação no conjunto de títulos do Tesouro.
A participação dos investidores não residentes no país no estoque da dívida interna caiu de 20,38% em outubro para 20,07% em novembro, somando R$ 421,42 bilhões. No mês anterior, o estoque estava em R$ 417,87 bilhões.
Garrido afirmou que a redução na fatia dos estrangeiros foi causada pelo aumento da compra de títulos por outros grupos de detentores de papéis, como as instituições financeiras.
"Os não residentes continuam aumentando seu estoque de títulos da dívida, em um movimento gradual ao longo do ano."
Bancos
A categoria das instituições financeiras teve alta na participação do estoque da dívida interna de 26,34% em outubro para 27,26% em novembro.
Os fundos de investimentos reduziram a fatia de 20,98% para 20,63%. As seguradoras passaram de 4,11% para 4,17%.
Na composição da dívida do Tesouro, a parcela de títulos prefixados subiu de 40,16% em outubro para 40,84% em novembro.
Garrido anunciou que o governo lançará, em janeiro de 2015, um novo título de longo prazo - uma NTN-B com vencimento em 2055.
Hoje, o título mais longo vendido pelo Tesouro é a NTN-B com vencimento em 2050.
"O papel para 2050 já é comercializado há algum tempo, mas as instituições de previdência demandam títulos de mais longo prazo. O primeiro leilão do novo papel ocorrerá no dia 13 de janeiro."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.