Economia

Estímulos no Japão não estão limitados a 2 anos

Membros do BoJ afirmaram ser "necessário" esclarecer que atual programa não está programado para estritamente acabar ao fim de dois anos


	Homem olha para um painel eletrônico mostrando a imagem do presidente do Banco do Japão (BOJ), Haruhiko Kuroda, em Tóquio
 (Toru Hanai/Reuters)

Homem olha para um painel eletrônico mostrando a imagem do presidente do Banco do Japão (BOJ), Haruhiko Kuroda, em Tóquio (Toru Hanai/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 21h39.

São Paulo - Muitos membros do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) afirmaram ser "necessário" a autoridade monetária esclarecer que o atual programa de alívio monetário não está programado para estritamente acabar ao fim de dois anos. A informação foi divulgada na ata publicada hoje, sobre a reunião de política monetária de 21 e 22 de janeiro.

Alguns membros também disseram ser importante enfatizar que esse esclarecimento não enfraquece o compromisso do BoJ em alcançar a meta de inflação de 2% no menor prazo possível.

Alguns membros também acreditam que o banco central deveria deixar claro ao público que o cenário econômico traçado pelo BoJ já levou em consideração uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mais forte para o período de janeiro a março, por conta do aumento na demanda antes da elevação do imposto sobre vendas. Uma desaceleração econômica entre abril e junho também está no cenário previsto da autoridade monetária.

Um membro do BoJ também declarou que se ocorresse uma reversão na tendência de depreciação do iene, o ritmo de alta anual do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) desaceleraria mais que o esperado.

O BoJ também compartilhou a visão de que os mercados financeiros globais estão estáveis, mesmo após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) decidir reduzir o ritmo de compra de ativos por mês.

No entanto, alguns membros disseram que os mercados emergentes estão, de certa forma, nervosos, "especialmente em economias com situação política instável e aqueles enfrentando problemas estruturais como déficits em conta corrente". Nesse cenário, os membros concordaram que é necessário monitorar os desenvolvimentos nos mercados financeiros globais.

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