Homem passa pelo edifício do Banco Central em Brasília: estimativas estão longe do centro da meta de inflação, de 4,5%. É função do BC fazer com que índice chegue ao centro da meta (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2013 às 11h00.
Brasília – A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 5,81%, este ano. A previsão anterior era 5,87%. Essas estimativas são resultado de pesquisa do Banco Central (BC) feita com instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. Para 2014, a projeção subiu pela segunda semana consecutiva, ao passar de 5,88% para 5,90%.
As estimativas estão distantes do centro da meta de inflação, de 4,5%, e abaixo do limite superior de 6,5%. É função do BC fazer com que a inflação convirja para o centro da meta.
Um dos instrumentos usados pelo Banco Central para influenciar a atividade econômica e calibrar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Para as instituições financeiras, ao final deste ano, essa taxa estará em 9,25% ao ano.
Amanhã (9) e quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que define a Selic, fará a quinta reunião do ano. A expectativa das instituições financeiras é que o Copom volte a elevar a Selic em 0,5 ponto percentual. Atualmente, a taxa básica está em 8% ao ano. Neste ano, o BC elevou a Selic em 0,25 ponto percentual em abril, e em 0,5 ponto percentual em maio. Ao final de 2014, a expectativa é que a Selic também esteja em 9,25% ao ano.
A pesquisa do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que foi ajustada de 4,71% para 4,66% este ano, mantida em 5% em 2014.
A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 4,79% para 4,96%, este ano, e mantida em 5,5% em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), as projeções foram ajustadas de 4,84% para 4,88% em 2013, e de 5,26% para 5,40% no próximo ano.