Economia

Esquerda diz que Grécia continuará no euro se ganhar

"Não acho que rejeitar o programa de austeridade signifique a saída do país da zona do euro", afirmou Tsipras

"Se ganharmos, negociaremos com Merkel, embora isso não seja fácil", afirmou Alexis Tsipras, da Esquerda radical (Louisa Gouliamaki / AFP)

"Se ganharmos, negociaremos com Merkel, embora isso não seja fácil", afirmou Alexis Tsipras, da Esquerda radical (Louisa Gouliamaki / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 10h01.

Berlim - O líder da Coalizão da Esquerda Radical (Syriza), Alexis Tsipras, afirmou nesta terça-feira em Berlim que uma eventual vitória do partido nas novas eleições de junho na Grécia não significará a saída do país da zona do euro, e expressou sua determinação em buscar uma "solução comum" para toda a Europa.

"Não acho que rejeitar o programa de austeridade signifique a saída do país da zona do euro", afirmou Tsipras, já que "o fundamento da Europa é a democracia e a solidariedade", não um "determinado pacto" nem o acompanhamento da via da austeridade com todo rigor propugnada pela chanceler alemã, Angela Merkel.

"Não viemos a pressionar porque esse seria o caminho errado", disse Tsipras, que foi à capital alemã a convite do partido Die Linke ("A Esquerda") disposto a demonstrar que, se ganhar as eleições, isso não precipitará a saída da Grécia da zona do euro, mas o contrário.

"Não buscamos a destruição da Europa, mas sua salvação", indicou o líder do Syriza, partido que, segundo as pesquisas, pode ganhar as novas eleições parlamentares, convocadas para 17 de junho.

Tsipras, que ontem em Paris fez duras críticas a Merkel e disse que não cabia à chanceler decidir sobre o futuro de seu país, optou em Berlim por uma via claramente conciliadora.

"Se ganharmos, negociaremos com Merkel, embora isso não seja fácil", afirmou, para insistir que abandonar a via da austeridade com todo rigor e renegociar os compromissos assumidos por Atenas com a comunidade internacional não representa a ruptura, mas a busca de uma solução. 

Acompanhe tudo sobre:Alexis TsiprasCâmbioCrise gregaEuroEuropaGréciaMoedasPiigsSyrizaUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto