Espanha: para 2014, está previsto um aumento de 0,8% do PIB, contra 1,4% de queda que contempla para 2013, o que permitirá que comece já a criar-se emprego. (AFP/ Philippe Huguen)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2013 às 15h39.
Amsterdã - Após fazer reajustes econômicos e fiscais, a Economia da Espanha ganha competitividade e melhorar o potencial que representa para os investidores estrangeiros, destacou nesta quarta-feira o diretor do Conselho Empresarial para a Competitividade (CEC), Fernando Casado.
"A Espanha é um país muito atraente para os investidores", disse Casado durante a apresentação em Amsterdã do relatório "Espanha, país de oportunidades", elaborado pelos especialistas do CEC e que inicia uma série de apresentações no mundo todo com a participação de vários economistas, como José Manuel Campa, que foi secretário de Estado de Economia na anterior legislatura.
O documento mostra que a "Espanha é uma economia sólida e que iniciará sua recuperação no final deste ano", afirmou o diretor desse grupo de estudo integrado por quase duas dezenas de grandes empresas espanholas.
"A Espanha está dissipando as dúvidas que havia sobre sua economia, a prima de risco agora está em torno de 350 pontos, quando nos piores momentos da crise do euro estava em 600", lembrou Casado para uma plateia de empresários e investidores holandeses, entre outros.
O relatório prevê uma melhora da atividade que permitirá que a economia espanhola já registre taxas de crescimento no quarto trimestre deste ano, de 0,3%, após sete trimestres de recessão.
Para 2014, o órgão prevê um aumento de 0,8% do PIB, contra 1,4% de queda que contempla para 2013, o que permitirá que comece já a criar-se emprego.
O ex-secretário de Estado de Economia e professor de Gestão Financeira da escola de negócios espanhola Iese, José Manuel Campa, destacou por sua vez que "a tendência da economia espanhola está mudando", em referência ao aumento das exportações registrado no último ano e ao impacto das reformas realizadas.
Campa também se referiu ao alto nível de desemprego no país, que está atualmente em 26,3%.
"Em 2014 veremos criações de emprego líquidas substanciais", disse o ex-secretário, acrescentando que a atual taxa de desemprego é muito elevada para o contexto internacional.
O documento do CEC ressalta que as reformas do mercado de trabalho empreendidas pelas autoridades espanholas terão um impacto em médio prazo e que em 2020 o país terá acrescentado 1 milhão de postos de trabalho líquidos, a maioria de trabalhadores qualificados.