Moedas de Euro sobre o mapa de Madri, na Espanha: em relação ao emprego, Rajoy destacou que seu governo se comprometeu a fazer uma avaliação da reforma trabalhista. (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2013 às 14h48.
Madri - O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e representantes das entidades patronais e os sindicatos do país tiveram nesta quinta-feira uma reunião em que fizeram um "exercício de responsabilidade" e acordaram buscar "pontos em comum" que favoreçam o crescimento da economia e a geração de emprego.
Acompanhado da ministra do Emprego, Fátima Báñez, Rajoy se reuniu com os presidentes das entidades patronais CEOE, Juan Rosell, e CEPYME, Jesús Mediado; e aos secretários-gerais dos sindicatos CCOO, Ignacio Fernández Toxo, e UGT, Cándido Méndez.
Em entrevista coletiva após a reunião, Rajoy informou que os participantes acordaram criar grupos de trabalho que dinamizem o diálogo sobre "proteção social, emprego e Previdência Social", contra a crise que o país atravessa, com mais de 27% da população ativa desempregada, segundo a última pesquisa de População Ativa (EPA).
No âmbito europeu, o presidente do governo espanhol pediu aos membros da UE para terem "mais coragem" para adotar medidas que estimulem o crescimento econômico, em alusão aos dados publicados na quarta-feira que indicam que a eurozona continua em recessão que acaba de atingir a França e está quase chegando à Alemanha.
Rajoy deu grande importância ao fato de que os presentes na reunião entraram em acordo sobre a necessidade de que, no plano europeu, se combine a austeridade com os estímulos ao crescimento e que o bloco avançou em gestão e união bancária.
Em relação ao emprego, Rajoy destacou que seu governo se comprometeu a fazer uma avaliação da reforma trabalhista e a analisá-la com os representantes dos trabalhadores e dos empresários, assim como a manter sob controle os preços públicos e regulados, para que não subam em função do índice de preços ao consumidor (IPC).
Essa política de contenção de preços está afinada com a moderação de salários e benefícios empresariais que a patronal e os sindicatos acordaram em 2012, segundo destacou o presidente do governo espanhol, que opinou que essa prática também serviu para melhorar a competitividade da economia de seu país e para manter empregos.