Indústria petroquímica: Repsol, Cepsa e Técnicas Reunidas enviaram representantes à reunião no Irã (Oliver Bunic-Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2015 às 09h24.
Teerã - A Espanha, através de algumas de suas empresas do setor, já tem um lugar assegurado na indústria petroquímica iraniana quando as sanções sobre sua economia forem retiradas, afirmou neste domingo o vice-ministro de Petróleo e presidente da Companhia Nacional Petroquímica do Irã, Abbas Shari.
"Os espanhóis se aproximaram para entrar na indústria petroquímica do Irã. Antes houve muitas colaborações com os espanhóis neste campo e agora (com o fim das sanções) vão acontecer também", disse Shari à Efe durante a inauguração da 12ª edição do Fórum Petroquímico do Irã.
O vice-ministro iraniano deu por certo que uma empresa espanhola já tem todo o caminho aberto para trabalhar no país, apesar de não ter dado seu nome para evitar "que possam ter problemas", visto que ainda continuam em vigor as sanções internacionais que proíbem as relações econômicas com o Irã.
Desde que no mês de julho foi anunciado o acordo entre Irã e as potências do Grupo 5+1 sobre o programa nuclear do país asiático que prevê o fim das sanções, não pararam de chegar a Teerã delegações de todo o mundo para relançar as relações políticas e econômicas, particularmente aquelas vinculadas com os setores de energia.
No final de novembro, o Irã apresentou para um auditório repleto de empresas petrolíferas internacionais a nova legislação que regerá seus contratos com investidores estrangeiros neste campo.
Repsol, Cepsa e Técnicas Reunidas foram empresas espanholas que enviaram representantes à reunião.
Em setembro, o ministro de Indústria e Energia espanhol, José Manuel Soria, teve várias reuniões no Irã durante uma visita oficial com autoridades do Ministério do Petróleo, na qual foram tratadas as possibilidades para as empresas espanholas no país.
Além de se referir à situação da Espanha, Shari comentou também a possibilidade de que sejam empresas europeias as que vão "substituir" com seus investimentos as chinesas no novo período "pós-sanções" que se abre para o país.
"As colaborações entre Irã e China vão continuar, mas em relação aos investimentos, as propostas da China até agora não foram interessantes. Devem se tornar mais atrativas para que possam ser aproveitadas. Qualquer país que traga divisas pode substituir outro, embora não se trate de substituir, porque todos são bem-vindos", explicou. EFE