Economia

Espanha tem dia de protestos contra corte orçamentário

Milhares de pessoas saíram às ruas de 57 cidades espanholas para protestar contra as políticas de austeridade do governo


	Manifestantes levavam placas onde estavam desenhadas tesouras, uma referência aos cortes orçamentários
 (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

Manifestantes levavam placas onde estavam desenhadas tesouras, uma referência aos cortes orçamentários (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 11h44.

Madri - Milhares de pessoas saíram às ruas de 57 cidades espanholas neste domingo para protestar contra as políticas de austeridade do governo, em meio às incertezas sobre se o país vai precisar de um resgate financeiro. A manifestação foi convocada pela Cúpula Social - integrada pelas principais centrais sindicais e por cerca de outras 150 organizações.

"Chega de desemprego, chega de cortes...eles vão arruinar o país, precisamos interromper isso", dizia uma grande faixa carregada pelas ruas de Madri. Outras pessoas levavam placas onde estavam desenhadas tesouras e a palavra "não", uma referência aos cortes orçamentários que afetam muitos espanhóis. O país registra uma taxa de desemprego de 24,63%.

Os protestos foram convocados pelas maiores centrais sindicais do país, a UGT e a CCOO, que também marcou uma greve geral para 14 de novembro, o mesmo dia em que sindicatos portugueses convocaram uma paralisação contra austeridade.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy está sob pressão de seus parceiros da União Europeia (UE) para cortar seu déficit para 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, para 4,5% no ano que vem e para 2,8% do PIB em 2014. Os cortes nesses três anos totalizam 150 bilhões de euros.

As mais recentes medidas de austeridade incluem um aumento no imposto sobre o valor agregado, que passou a vigorar em 1º de setembro. Porém, na medida em que aumenta a pressão por um resgate financeiro, o banco central da Espanha advertiu que o país não deve atingir sua meta de déficit público para 2012 e cair uma recessão maior do que a esperada no ano que vem.

O país não cumpriu sua meta de déficit em 2011, que ficou em 9,4% do PIB em vez dos prometidos 6,0%. As informações são da Dow Jones.

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