Economia

Espanha quer preço justo após expropriação na Bolívia

A nacionalização acontece duas semanas depois da Argentina expropriar a filial YPF do grupo espanhol Repsol

Guindos "o que a Bolívia garantiu é que vai compensar a empresa pelos custos investidos na rede de eletricidade. Evidentemente é um elemento que o governo espanhol vai vigiar" (Vincenzo Pinto/AFP)

Guindos "o que a Bolívia garantiu é que vai compensar a empresa pelos custos investidos na rede de eletricidade. Evidentemente é um elemento que o governo espanhol vai vigiar" (Vincenzo Pinto/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2012 às 07h52.

Madri - O governo da Espanha deseja obter uma compensação suficiente após a expropriação, anunciada terça-feira, da filial da Rede Elétrica Corporação (REE), à qual dará assistência para a solicitação de um preço justo, anunciou o ministro da Economia.

"O que a Bolívia garantiu é que vai compensar a empresa pelos custos investidos na rede de eletricidade", declarou Luis de Guindos em Bruxelas.

"Evidentemente é um elemento que o governo espanhol vai vigiar e vai atender, no que é efetivamente a assistência ao preço justo nestes investimentos".

Esta foi a primeira reação oficial do governo espanhol após o anúncio do presidente boliviano, Evo Morales, de nacionalizar a empresa que transporta dois terços da rede elétrica na Bolívia.

A nacionalização acontece duas semanas depois da Argentina expropriar a filial YPF do grupo espanhol Repsol.

A REE informou nesta quarta-feira que a medida boliviana não tem um efeito relevante nos negócios e nos resultados da empresa.

"O aporte da TDE (Transportadora de Eletricidade, filial da REE na Bolívia) aos números de negócios do grupo Rede Elétrica Corporação é de 1,5% e, portanto, não tem um efeito relevante nos negócios e nos resultados do grupo", afirma a empresa em um comunicado.

A União Europeia (UE) manifestou preocupação com a decisão boliviana e destacou que acompanha a situação, em um comunicado divulgado nesta quarta-feira.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBolíviaEletricidadeEspanhaEstatizaçãoEuropaPiigs

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto