Economia

Espanha prevê primeira redução da dívida pública desde 2008

A dívida pública do conjunto das administrações públicas espanholas cairá em 2016 para 98,2% do PIB


	O ministro espanhol da Fazenda, Cristóbal Montoro: As contas mantêm o objetivo espanhol de um déficit público de 2,8% do PIB ano que vem para poder abandonar o procedimento de déficit excessivo aberto pela UE
 (©AFP / Dani Pozo)

O ministro espanhol da Fazenda, Cristóbal Montoro: As contas mantêm o objetivo espanhol de um déficit público de 2,8% do PIB ano que vem para poder abandonar o procedimento de déficit excessivo aberto pela UE (©AFP / Dani Pozo)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 10h23.

Madri - O ministro de Fazenda da Espanha, Cristóbal Montoro, apresentou nesta terça-feira um projeto de Orçamento Geral para 2016 baseado em uma previsão de crescimento do PIB de 3%, que considera a primeira redução da dívida pública desde o início da crise, em 2008.

A dívida pública do conjunto das administrações públicas espanholas cairá em 2016 para 98,2% do PIB, devido a intensa consolidação fiscal e a redução nos custos de financiamento.

As contas mantêm o objetivo espanhol de um déficit público de 2,8% do PIB ano que vem para poder abandonar o procedimento de déficit excessivo aberto pela UE.

O orçamento para 2016, destinado majoritariamente ao gasto social, tem um teto de 123,4 bilhões de euros (R$ 465,48 bilhões), 4,4% a menos que em 2015.

Montoro afirmou hoje em entrevista coletiva que os orçamentos são coerentes e rigorosos com a política econômica que permitiu à Espanha sair da crise.

Ele destacou que as contas devolvem aos espanhóis a confiança no crescimento econômico. Tudo isso, segundo o ministro, fruto das reformas estruturais, "contando com contas públicas cada vez mais saneadas".

Ao contrário de outros anos, a lei de orçamentos começará a ser discutida em agosto, mês tradicionalmente de férias gerais na Espanha, pela convocação de eleições gerais no último trismestre e o desejo do Executivo de aprovar as contas públicas antes do fim desta legislatura. EFE

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