Economia

Espanha nega que BCE tenha rejeitado plano para Bankia

De acordo com o ministro da economia, o banco não rejeitou o plano porque o governo espanhol não apresentou nenhum projeto

O ministro Luis de Guindos ainda aproveitou para destacar que recuperará todo o capital investido na entidade (©AFP / Jaime Reina)

O ministro Luis de Guindos ainda aproveitou para destacar que recuperará todo o capital investido na entidade (©AFP / Jaime Reina)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 10h36.

Madri - O governo espanhol informou nesta quarta-feira que o Banco Central Europeu (BCE) não rejeitou o plano para a capitalização do Bankia, até porque nenhum projeto foi apresentado para a autoridade monetária do bloco.

Em uma sessão parlamentar, o ministro espanhol de Economia, Luis de Guindos, foi questionado por uma deputada socialista sobre a informação publicada hoje pelo jornal britânico 'Financial Times'. A publicação afirma que o BCE proibiu a Espanha de pagar com dívida pública a capitalização do BFA-Bankia, a quarta entidade espanhola.

De acordo com Guindos, O BCE não rejeitou o plano porque o Governo espanhol não apresentou nenhum. O ministro ainda aproveitou para destacar que recuperará todo o capital investido na entidade.

O Banco Central Europeu informou nesta quarta, em comunicado, que ainda não foi consultado sobre os planos do Governo espanhol para o Bankia e garantiu que 'está pronto para assessorar a evolução desses planos'.

A injeção de capital do Estado no Bankia não será feito com títulos de dívida, mas com dinheiro arrecadado por meio dos leilões tradicionais do Tesouro, confirmaram à Agência Efe fontes governamentais. Deste modo, um eventual pagamento do Estado para o banco a partir do resgate de títulos de dívida foi descartado.

O diário 'Financial Times' publicou nesta quarta que o BCE tinha proibido esta última opção ao Ministério espanhol de Economia.

Diante desse cenário, o prêmio de risco da Espanha, que mede o diferencial entre o bônus espanhol a dez anos e o alemão de mesmo prazo, ultrapassava hoje 535 pontos básicos, a cota mais alta desde a criação do euro.

Essa espiral de alta foi atribuída pelo ministro espanhol às dúvidas sobre o futuro político na Grécia. Guindos ainda disse que o nível não será sustentável em longo prazo e falou que voltará a patamares razoáveis após as eleições gregas, previstas para 17 de junho.

O principal indicador da bolsa espanhola, o IBEX 35, perdia ao meio dia 6,1 mil pontos após sofrer uma queda de 2,46%, influenciado pelos grandes valores do mercado, que sofriam cortes entre 2% e 3%. 

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