Economia

Erdogan diz que ataques terroristas prejudicam economia do país

O governante comparou ataques com a queda da moeda nacional, que perdeu 20% do valor nos últimos três meses

Tayyip Erdogan: "Aos que utilizam o dinheiro sem piedade, os descrevo como perpetradores de terrorismo econômico" (Eduardo Munoz / Reuters)

Tayyip Erdogan: "Aos que utilizam o dinheiro sem piedade, os descrevo como perpetradores de terrorismo econômico" (Eduardo Munoz / Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 14h13.

Istambul - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta terça-feira que os ataques terroristas sofridos pelo país afetam diretamente a economia, como a desvalorização da lira, e citou como exemplo o encarecimento dos tomates que saem do campo para os mercados.

"Não é por acaso que Istambul, a marca mais importante da Turquia, seja atacada um dia por uma organização separatista (a guerrilha curda) e outro dia pelo Estado Islâmico, disse o líder em discurso transmitido pela emissora "NTV".

O governante comparou estes ataques com a queda da moeda nacional, que perdeu 20% do valor nos últimos três meses, ao dizer que essa redução "não tem motivos racionais".

"Quem pode negar que isso é para conter a economia e criar ansiedade entre produtores e consumidores?" perguntou Erdogan, relacionando o câmbio de divisas com a margem de lucro na agricultura.

"Vejamos, no campo, os tomates custam uma lira, mas quando chegam aqui, os compramos no mercado e saem a sete ou oito liras. O que é isso? Quem está por trás de isso? Alguns não gostam das minhas palavras. Há quem diga: 'presidente, você não pode dizer essas coisas'. Mas eu estou em uma posição de responsabilidade, como não vou dizer?" acrescentou.

"Aos que utilizam o dinheiro sem piedade, os descrevo como perpetradores de terrorismo econômico. Isso é assim e não tem outra definição", reforçou Erdogan.

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