Economia

Equipe econômica vai recomendar veto à ampliação do BPC, diz Mansueto

Medida foi aprovada no Senado e pode causar gasto extra de até R$ 20 bilhões por ano

Mansueto: o BPC é pago a idosos carentes e também a pessoas com deficiência (Adriano Machado/Reuters)

Mansueto: o BPC é pago a idosos carentes e também a pessoas com deficiência (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de abril de 2020 às 14h04.

Última atualização em 23 de abril de 2020 às 17h16.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse nesta quinta-feira que o governo recomendará que o presidente Jair Bolsonaro vete a flexibilização das regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) aprovada nesta quarta pelo Senado.

"Ontem foi aprovada uma regra no Senado que me preocupa, que é uma expansão do BPC. É um aumento de gasto que pode chegar a R$ 15 bilhões, R$ 20 bilhões. Isso é despesa permanente e não foi definida a fonte de recursos. Possivelmente, a indicação do Ministério da Economia será de veto, por uma exigência legal. O veto do presidente pode cair? Pode, mas tem que definir a fonte de recurso", disse Mansueto, durante evento transmitido ao vivo.

O BPC é pago a idosos carentes e também a pessoas com deficiência. Hoje, o critério para ter acesso ao auxílio é ter a renda familiar, por pessoa, de até um quarto do salário mínimo, o que equivale a R$ 261,25. O texto aprovado pelo Senado dobrou esse limite para até meio piso nacional, equivalente a R$ 522,50. A medida foi incluída no projeto que ampliou as categorias beneficiadas pelo auxílio emergencial de R$ 600.

Caso Bolsonaro vete, será a segunda vez que o governo se posiciona contra a medida. Antes da pandemia, o presidente vetou projeto que previa a mesma flexibilização e teve a decisão derrubada pelo Congresso. Em seguida, o governo voltou a contestar a medida no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União (TCU).

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