Moedas de real (Arquivo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2015 às 19h21.
São Paulo - Assim como várias instituições financeiras e organismos internacionais, a equipe econômica revisou para baixo a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) em 2015.
Segundo o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviado hoje (15) ao Congresso, o governo prevê contração de 0,9% da atividade econômica neste ano.
Embora os números sejam divulgados pelo Ministério do Planejamento, as estimativas são de autoria da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Para 2016, a proposta da LDO prevê crescimento de 1,3%.
Ontem (14), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tinha informado que as projeções da equipe econômica haviam incorporado as estimativas do mercado financeiro. Os números estão próximos às previsões das instituições financeiras. Segundo a última edição do Boletim Focus, pesquisa semanal com economistas de mercado divulgada pelo Banco Central, as instituições estimam retração de 1,01% do PIB em 2015 e crescimento de 1% em 2016.
A proposta da LDO também atualizou as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como inflação oficial. O Ministério da Fazenda prevê que o índice encerrará 2015 em 8,2%, acima do teto da meta, de 6,5%. Para 2016, a equipe econômica projeta IPCA de 5,6%. A última edição do Boletim Focus prevê inflação de 8,13% neste ano e de 5,6% em 2016.
Em relação ao superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), o projeto da LDO manteve as previsões de esforço fiscal de 1,2% do PIB em 2015 e de 2% em 2016. No próximo ano, o superávit somará R$ 126,73 bilhões, dos quais R$ 104,55 bilhões correspondem à União e R$ 22,18 bilhões aos estados e municípios.