Economia

Entre polêmicas e atos pela economia, governo completa 200 dias

Pressionado por ações que ajudem a estimular a economia, o governo deve anunciar a liberação do saque de até 35% dos recursos das contas ativas do FGTS

Jair Bolsonaro: presidente participa de cerimônia no Palácio do Planalto (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente participa de cerimônia no Palácio do Planalto (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2019 às 07h09.

Última atualização em 18 de julho de 2019 às 09h50.

O presidente Jair Bolsonaro realiza às 16h desta quinta-feira, no Palácio do Planalto, uma cerimônia para marcar os 200 dias de seu governo.

Pressionado por ações que ajudem a estimular a atividade econômica no curto prazo, o governo deve aproveitar o ato para anunciar a liberação do saque de até 35% dos recursos das contas ativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A medida pode injetar até 42 bilhões de reais na economia. Também está prevista mais uma rodada de liberação do PIS/Pasep, que deve responder por outros 21 bilhões de reais.

Ontem, Bolsonaro afirmou que as liberações representariam “uma pequena injeção na economia” e ressaltou que a atividade já começa a dar sinais de recuperação, “pelos sinais positivos (no geral) e em especial também pelos sinais que estão vindo do Parlamento”.

Bolsonaro afirmou ainda que o governo quer fazer uma reforma dos tributos federais e que deseja que a tabela de Imposto de Renda esteja, no máximo, em 25%.

Também ontem, o vice-presidente Hamilton Mourão destacou como pontos positivos dos primeiros 200 dias de governo Bolsonaro a tramitação da reforma da Previdência na Câmara e o início das discussões em torno da reforma tributária.

Mas os primeiros 200 dias de governo também foram pródigos em polêmicas, como voltou a ficar claro ontem. O dia foi marcado por fortes críticas à ação do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, que suspendeu investigações contra Flávio Bolsonaro, senador e filho do presidente.

Numa polêmica com outro filho, Bolsonaro voltou a defender a indicação de Eduardo para a embaixada dos Estados Unidos.

Ainda ontem, uma nova leva de mensagens vazadas mostrou que o então juiz Sergio Moro interferiu em negociações de delações a procuradores, o que deve reacender os debates sobre sua atuação na Lava-Jato.

São polêmicas que o governo espera deixar em segundo plano no evento desta quinta-feira. A ver.

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