Tanques de petróleo: parlamento pede punições a qualquer entidade envolvida (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2014 às 10h08.
Estrasburgo - A plenária do parlamento europeu (PE) pediu nesta quinta-feira aos líderes da União Europeia que imponham sanções às autoridades e empresas envolvidas no financiamento do Estado Islâmico (EI) pelo comércio ilegal de petróleo.
Em uma resolução comum dos grandes grupos do PE, os eurodeputados reivindicaram que se persiga e castigue qualquer autoridade, pessoa física ou jurídica "envolvida no transporte, transformação, refinado e comercialização de petróleo extraído em zonas controladas pelo EI".
Além disso, reivindicaram "rígidos controles dos fluxos financeiros a fim de evitar as atividades econômicas e a exploração de paraísos fiscais por parte do EI".
A plenária do PE pediu igualmente à UE e ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que investigue e tome medidas para impedir que as milícias do EI no Iraque e na Síria obtenham lucro da venda ilegal de petróleo ou outros recursos no mercado internacional.
Eles mostraram "preocupação" pelas "afirmações que agentes de alguns Estados-membros da UE estão envolvidos no comércio ilegal de petróleo com o EI".
O texto reivindica a Comissão Europeia "confirmação de tais asseverações" e, em caso afirmativo, pede à CE e aos Estados-membros que "garantam que se ponha fim imediatamente ao comércio ilegal de petróleo".
A resolução manifesta a "profunda preocupação" dos eurodeputados perante "a deterioração da segurança e a situação humana no Iraque e na Síria como consequência da ocupação de partes de seu território pelo EI".
A condenação "firme" aos "massacres indiscriminados" e "as violações dos direitos humanos feitas por esta e outras organizações terroristas contra minorias religiosas e étnicas e contra os grupos mais vulneráveis" assim como "os ataques realizados pelo EI no Iraque e Síria contra alvos civis, em particular hospitais, escolas e lugares de culto".
Os eurodeputados expressaram apoio a todas as vítimas da intolerância religiosa e do ódio e expressaram solidariedade com os membros das comunidades cristãs que sofrem perseguição no Iraque e Síria.
Por outro lado, demandaram a todas as partes em conflito no Iraque que "garantam a proteção da população civil" e façam prevalecer suas obrigações em virtude do Direito Internacional Humanitário e em matéria de direitos humanos.
Também pediram à comunidade internacional que assista às autoridades iraquianas na hora de oferecer proteção e prestar assistência aos que fogem das regiões afetadas pelo terrorismo, em particular membros de grupos vulneráveis e comunidades étnicas e religiosas.
Nessa assistência incluíram "a proteção militar dos grupos especialmente vulneráveis".
O grupo também condenou os assassinatos dos jornalistas James Foley e Steven Sotloff e do voluntário David Haines.