Solar: dois terços dos empregos fotovoltaicos (2,2 milhões) estão na China. (Kevin Fraye/Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 17h14.
São Paulo - Os sistemas de energia estão se transformando rapidamente, puxados pelos fortes investimentos em fontes de geração renováveis, que superam em capacidade os novos projetos de combustível fóssil. E com folga: o total de 162 gigawatts (GW) de energias renováveis adicionado em 2016 representou 60% de todas as novas adições de capacidade ao longo de 12 meses.
Segundo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) divulgado nesta semana, os dados de projetos e leilões sugerem que todas as tecnologias de geração de energia renovável atualmente comercializadas terão cada vez mais vantagens competitivas e poderão até se tornar mais baratas que os combustíveis fósseis até 2020.
O custo de geração de energia eólica terrestre caiu cerca de 25% desde 2010 e os custos de energia solar fotovoltaica caíram 73% no mesmo período. E não para aí. Os custos da energia solar deverão diminuir ainda mais, caindo pela metade até 2020.
O relatório prevê que, nos próximos dois anos, os projetos de energia solar e eólica terrestre poderão fornecer o quilowatt-hora (kWh) a 3 centavos de dólar ou menos, significativamente abaixo do custo atual da energia proveniente de combustíveis fósseis.
Por comparação, os custos médios globais nos últimos 12 meses para a energia solar e a energia eólica estão em 6 centavos de dólar e 10 centavos de dólar por kWh respectivamente. Mas, segundo a IRENA, os recentes leilões do setor sugerem que futuros projetos reduzirão significativamente essas médias.
Avanços tecnológicos contínuos, mercado mais competitivo e aumento da base de desenvolvedores experientes em projetos de médio a grande porte são citados como fatores de redução de custos recentes.