Economia

Endividamento de famílias em São Paulo cai 0,5, diz pesquisa

Em números absolutos, a quantidade de famílias endividadas passou de 1,979 milhão em março para 1,962 milhão em abril


	Dívidas: na comparação com o mesmo mês de 2015, houve alta de 207 mil famílias com dívidas
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Dívidas: na comparação com o mesmo mês de 2015, houve alta de 207 mil famílias com dívidas (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2016 às 16h56.

A proporção de famílias da capital paulista endividadas em abril foi de 51,1%, 0,5 ponto percentual menor do que o registrado em março. Em relação a abril do ano passado, houve aumento de 2,2 pontos percentuais.

Em números absolutos, a quantidade de famílias endividadas passou de 1,979 milhão em março para 1,962 milhão em abril. Na comparação com o mesmo mês de 2015, houve alta de 207 mil famílias com dívidas.

Os dados, divulgados hoje (9), são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

“Apesar do esforço das famílias paulistanas para ajustar o orçamento em decorrência da crise, a inflação elevada e o aumento do desemprego contribuíram para a elevação anual do endividamento entre as famílias de menor renda, que historicamente já são as mais endividadas”, disse, em nota, a entidade.

Em abril, a proporção de endividados entre as famílias com renda inferior a dez salários-mínimos foi de 54,4%, alta de 0,2 ponto percentual em relação a março, e de 3,6 p.p. na comparação com abril de 2015.

Nas famílias que recebem mais de dez salários, a parcela de endividados foi de 41,7%, queda de 2,5 p.p. ante março e de 1,8 p.p. em relação a abril do ano passado.

Dinheiro de plástico

Segundo a Fecomercio, o cartão de crédito, o principal meio de financiamento das famílias, permanece sendo o vilão do endividamento, responsável por 73,6% das dívidas das famílias em abril.

Na sequência, estão financiamento de carro (16%), carnês (14,2%), crédito pessoal (11,7%), financiamento imobiliário (12%) e cheque especial (10,2%).

“Com a alta dos preços e a queda da renda, as famílias recorrem cada vez mais a linhas de crédito emergenciais na tentativa de ganhar um fôlego no orçamento. Entretanto, são exatamente as modalidades que apresentam as maiores taxas de juros, o que pode levar à desorganização das finanças pessoais e aumentar o risco de inadimplência”, ressalta a Fecomercio-SP.

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