A taxa de inadimplência encerrou o ano em 4,2%, aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao final de 2021 (Gabriel Vergani / EyeEm/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 27 de janeiro de 2023 às 12h43.
Última atualização em 27 de janeiro de 2023 às 13h41.
O endividamento das famílias brasileiras alcançou 49,5% da renda acumulada nos doze meses anteriores, de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira. O número representa uma leve alta, de 0,3 pontos percentuais na comparação com o mês anterior.
Já o comprometimento da renda familiar com dívidas com instituições financeiras ficou em 28,2% no período.
O custo de crédito é um dos principais fatores para alta no nível de endividamento. Os dados do BC mostram que a taxa de juros e o nível da inadimplência cresceram no ano passado.
De acordo com o BC, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em suas operações com pessoas físicas e com empresas registrou alta de 8,2 pontos percentuais no ano de 2022 e chegou a 42% ao ano em dezembro.
Quando são consideradas apenas as operaçoes com pessoas físicas, a taxa de juros alcançou 55,8% no ano, elevação de 10,8 pontos percentuais no ano. O destaque é o aumento do juro no crédito pessoal consignado, em 5,1 pontos percentuais.
A taxa de inadimplência encerrou o ano em 4,2%, aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao final de 2021
Os juros do cartão de crédito rotativo chegaram a 409,3% até o fim de 2022, maior patamar desde de agosto de 2017, quando esse total estava em 428%. No ano passado, a taxa média aumentou 61,9 pontos percentuais. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira.
A taxa para as compras parceladas no cartão de crédito subiu para 182,4%, aumento de 2,4 pontos. Já a taxa de juros total do cartão de crédito ficou em 94,1% até dezembro de 2022