Dívidas: proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu de 25,7% em dezembro para 25% em janeiro (George Doyle/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 12h24.
Rio de Janeiro - O porcentual de brasileiros endividados diminuiu na passagem do ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A proporção de famílias com contas a pagar recuou de 62,2% em dezembro de 2017 para 61,3% em janeiro de 2018, de acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
"A queda das taxas de juros e a recuperação da renda do trabalho têm favorecido uma melhora gradual em algumas modalidades de crédito, com impacto sobre o endividamento", avaliou Marianne Hanson, economista da CNC, em nota.
Em relação a janeiro do ano passado, porém, houve um aumento de 2,6 pontos porcentuais na fatia de endividados.
Já a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu de 25,7% em dezembro para 25% em janeiro.
Na comparação com janeiro de 2017, entretanto, houve alta de 1,1 ponto porcentual no total de inadimplentes.
A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes recuou de 9,7% em dezembro para 9,5% em janeiro, patamar menor também em relação aos 10,2% registrados em janeiro do ano passado.
A fatia de famílias que se declararam muito endividadas diminuiu de 14,1% em dezembro para 13,6% em janeiro. Na comparação anual, houve queda de 0,8 ponto porcentual.
O tempo médio de atraso no pagamento de dívidas foi de 65 dias em janeiro de 2018, contra 65,6 dias em janeiro de 2017.
O comprometimento do orçamento das famílias com as dívidas foi de sete meses, em média, sendo que 32,2% delas possuíam dívidas por mais de um ano.
Entre os endividados, 22,2% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
O cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, citado por 77,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,9%) e financiamento de carro (11,0%).
A pesquisa é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010, com dados de aproximadamente 18 mil consumidores, coletados em todas as capitais e no Distrito Federal.