Economia

Encomendas à indústria da Alemanha caem mais que o esperado

Segundo dados do Ministério da Economia, número menor de encomendas em novembro ocorre devido a uma forte queda na demanda do exterior


	Carro é montado em fábrica na Alemanha: encomendas ajustadas por preços sazonalmente recuaram 1,8% em novembro
 (Fabian Bimmer/Reuters)

Carro é montado em fábrica na Alemanha: encomendas ajustadas por preços sazonalmente recuaram 1,8% em novembro (Fabian Bimmer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 11h10.

Berlim - As encomendas à indústria da Alemanha caíram mais do que o esperado em novembro devido a uma forte queda na demanda do exterior, mostraram nesta terça-feira dados do Ministério da Economia, reforçando as preocupações de que a maior economia da Europa pode ter se contraído no quarto trimestre de 2012.

As encomendas ajustadas por preços sazonalmente recuaram 1,8 por cento no mês, abaixo da mediana das previsões de 29 economistas ouvidos pela Reuters, que indicava uma queda de 1,4 por cento no mês.

As encomendas domésticas subiram 1,3 por cento, enquanto as externas caíram 4,1 por cento. As encomendas da zona do euro aumentaram 0,2 por cento, mas os contratos de países de fora da união monetária enfraqueceram 6,5 por cento.

Os dados de outubro foram revisados para uma alta de 3,8 por cento ante aumento de 3,9 por cento divulgado anteriormente.

O Ministério da Economia minimizou a queda. "O recuo nas encomendas após um mês forte não é incomum", disse o ministério em comunicado.

"No geral, a demanda parece estar estabilizando. A leve melhora nos indicadores de sentimento também apontam para isso", completou o ministério.

O índice Ifo, termômetro da saúde econômica na Alemanha, mostrou que o sentimento das empresas alemãs melhorou tanto em novembro quanto em dezembro.

A economia da Alemanha se saído nos três anos da crise de dívida da zona do euro, mas desacelerou no terceiro trimestre do ano passado. Economistas acreditam que tenha havido uma contração no quarto trimestre de 2012, mas em geral acreditam que o país escapa de uma recessão antes de melhorar gradualmente neste ano.

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