Economia

Empréstimo à Grécia com juro alto 'não faz sentido'

São Paulo - A concessão de empréstimos à Grécia a taxas muito elevadas "não faria sentido", uma vez que prejudicaria a recuperação da economia do país, disse o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, ao jornal francês Le Monde. Recentemente, a União Europeia divulgou um plano de ajuda financeira à Grécia, com participação […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - A concessão de empréstimos à Grécia a taxas muito elevadas "não faria sentido", uma vez que prejudicaria a recuperação da economia do país, disse o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, ao jornal francês Le Monde. Recentemente, a União Europeia divulgou um plano de ajuda financeira à Grécia, com participação do FMI, de pelo menos 30 bilhões de euros à taxa de 5%, inferior à taxa cobrada do país pelo mercado.

Blanchard afirmou também que os governos de outros países precisam considerar ajustes em seus orçamentos a fim de evitar um crescimento excessivo da dívida pública, criado em consequência da crise global, mas que a velocidade de tal ajuste dependerá da posição em que cada país está. Ele sugeriu outras maneiras, além de corte nos gastos públicos, para controlar os déficits, como elevação da idade para aposentadoria em alguns países, o que aumentaria o consumo.

Blanchard acrescentou que os países não deveriam olhar apenas para as taxas de inflação para garantir a estabilidade financeira, mas também monitorar indicadores tais como conta corrente, preços dos imóveis e a alavancagem criada na economia por produtos financeiros. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaEmpréstimosEuropaFMIGréciaPiigs

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto